29/08/2011

Direto ao ponto: agenda econômica dos EUA deve pautar rumo do Ibovespa

SÃO PAULO – Apesar de não anunciar efetivamente um novo pacote de estímulo à economia norte-americana, o aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, trouxe certo alívio ao mercado na última sexta-feira (26), apontando que o Fed está disposto a criar ferramentas que colaborem para a recuperação da economia dos EUA.

Com isso, após um dia de grande volatilidade, o Ibovespa fechou com alta de 0,75%, aos 53.350 pontos, acompanhando o cenário externo, quando o índice Dow Jones registrou ganho de 1,21%.

Para o economista-chefe da Souza Barros, Clodoir Vieira, a valorização observada na última sessão não mostra uma mudança de tendência de mercado. "O investidor está na expectativa das notícias online. Quando é divulgada uma notícia boa, são feitos investimentos. Caso contrário, o investidor não faz nada e o mercado fica parado, como o que aconteceu na semana passada, quando era esperado pelo discurso do Bernanke", analisa.

Diante disso, nesta segunda-feira (29), o pregão ainda deve ser de grande volatilidade, na opinião de Vieira, com os investidores digerindo o pronunciamento do Fed e atentos aos indicadores econômicos norte-americanos. "A próxima sessão ainda será de grande volatilidade e, de maneira geral, o pronunciamento do Fed ainda deve ser repercutido positivamente. Além disso, se vierem números bons nos Estados Unidos, podemos ter um pouco mais de recuperação. Se, ao contrário, vierem números ruins, pode mexer com o mercado", analisa.

Nesta sessão, serão divulgados por lá, os números do Núcleo do Personal Consumption Expenditures - uma das medidas de inflação preferidas pelo Fed -, além do Personal Income, produzido pelo Departamento de Comércio dos EUA, o Personal Spendine e o Pending Home Sales, indicador responsável por medir a venda de casas existentes nos EUA.

PIB será destaque do boletim Focus
Além dos indicadores norte-amercianos, o mercado deve acompanhar por aqui a divulgação do Relatório Focus, que terá como principal destaque a inflação e a estimativa do PIB (Produto Interno Bruto). Na opinião do analista, esta projeção deve vir menor que as expectativas, como já foi apontado na semana passada. "Contudo, mesmo caindo um pouco a projeção do PIB, por incrível que parece, estamos com um nível de emprego razoável, o que que acaba anulando o humor do mercado", pondera.

Fonte: InfoMoney

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