29/08/2011

Após alta, Ibovespa volta ao cenário de indefinição

 

Bárbara Ladeia   (bladeia@brasileconomico.com.br) 

 

Na próxima semana, atenção aos dados de emprego dos EUA; no Brasil, foco em PIB e decisão da taxa básica de juro

O principal índice de ações do país encerrou a semana no meio do caminho entre os 52 mil pontos - a mínima do peíodo - e os 55 mil pontos. Semana pode dar nova tendência de operações para a bolsa.

O Ibovespa fechou a sexta-feira (26/8) com alta de 0,75%, aos 53.350 pontos. Na semana, a alta acumulada de 1,72% trouxe o índice paulista a um novo patamar de negociações.

Com suporte nos 52 mil pontos, o analista da Walpires Corretora e autor do site Seu Consultor Financeiro, Leandro Martins, aguarda pelo toque na próxima resistência, aos 55 mil pontos.

A má notícia é que a volatilidade deve voltar. Se nos últimos dias as margens de oscilação do Ibovespa diminuíram, Martins vê indicativos de volta de volatilidade para a próxima semana.

"A figura triangular formada pelos últimos pregões indica uma possível retorno das oscilações", explica.

O movimento traz de volta as bruscas mudanças que haviam sido amenizadas ao longo da última semana. Prova disso é que entre 4 e 8 de agosto, a margem de oscilação do Ibovespa é de 10 mil pontos.

Na última semana, o índice trabalhou entre os 52 e 55 mil pontos. "Desde o dia 17 de agosto vínhamos reduzindo as margens", comenta Martins.

A dica do analista é ficar de olho nas ações do setor de energia. Utilizadas frequentemente como ativos defensivos, tiveram seus altos preços corrigidos, tornando-se uma oportunidade interessante.

No mesmo sentido, os papéis do setor de consumo interno têm gerado bons gráficos. "Há uma força compradora se formando nesse momento", explica.

Agenda

Para a próxima semana, o destaque fica para os dados de comércio exterior brasileiro, previstos para a próxima quinta-feira (1/9).

Há expectativas de que os dados do mês fechado de agosto tragam novidades quanto ao impacto do dólar sobre as operações.

Como de costume, a divulgação da taxa básica de juros, após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), deve gerar alguma repercussão no mercado, em especial para quem espera novidades sobre o fim ou não do ciclo de aperto monetário do país.

A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro também está prevista para a próxima semana, trazendo novos indicadores sobre o ritmo da economia nacional.

Assim como no cenário externo, os dados de emprego dos Estados Unidos, divulgados no Relatório de Emprego, sempre chamam a atenção dos investidores. Os números serão divulgados na sexta-feira (2/9).

 

 

 

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