01/11/2011

Randon fecha compra da Folle e vai modernizar instalações

Por Júlia Pitthan | De Florianópolis

A Randon confirmou ontem a aquisição da Folle, de Chapecó (SC), para ampliar a capacidade de crescimento no setor de semirreboques frigorificados. O negócio prevê o aporte de R$ 100 milhões referentes à compra dos ativos, ampliação da capacidade e modernização da unidade.

Na semana passada, o Valor antecipou que a negociação estava próxima da conclusão. Hoje, a Randon toma posse da unidade em Chapecó que será batizada de Randon Brantech, em referência à produção de linha branca. A Folle tem capacidade mensal de 30 unidades e emprega 60 pessoas.

A Folle atua há quase 50 anos no mercado de transportes e há 35 no segmento de cargas frigorificadas. A empresa familiar foi fundada por Nilso Folle, que é o principal gestor do grupo e passará a integrar o conselho da Randon.

O projeto é transferir as linhas da Randon de Caxias do Sul para Chapecó em até cinco anos. Segundo Erino Tonon, diretor vice-presidente de Operações da companhia gaúcha, a capacidade atual é de 700 unidades por mês e há 140 pessoas trabalhando diretamente no segmento. Com o investimento, a previsão é atingir receita anual de R$ 350 milhões, produzir 1000 unidades por mês e empregar 400 pessoas em Santa Catarina.

No primeiro momento, a Randon trará as plataformas para a montagem das unidades de Caxias do Sul. Com o tempo, todo o processo será realizado em Chapecó.

De acordo com Tonon, a Randon chegou a perder participação de mercado no último ano diante da falta de capacidade de expansão física na sede. Com a transferência das linhas frigorificadas, haverá espaço para o crescimento das demais áreas de negócios em reboques e semirreboques.

O segmento de semirreboques frigoríficos representa entre 8% e 10% da Randon Implementos e Participações e 5% das vendas do grupo que agrega 10 empresas. Santa Catarina consome cerca de 30% deste volume.

Segundo estimativas da empresa, o mercado brasileiro consome anualmente cerca de 1,6 mil unidades frigorificadas. O volume oscila conforme o aquecimento do mercado de exportações de carne e está associado ao crescimento do poder de consumo nacional, avalia Tonon. De acordo com ele, há grande potencial para o mercado de acordo com o aumento da exigência dos consumidores pelo transporte de alimentos em condições de temperatura controlada.

Conforme o balanço mais recente da Randon Implementos e Participações, no acumulado de janeiro a setembro a receita líquida consolidada somou R$ 3,122 bilhões, com expansão de 16,3% na comparação anual. Nos nove meses do ano, a receita bruta avançou 17%, para R$ 4,779 bilhões.

 

 

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