31/08/2007

Bovespa segue otimismo externo e opera em forte alta

O cenário internacional positivo para os investidores em ações leva a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) a operar em forte alta nesta sexta-feira. O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciou hoje uma série de medidas para ajudar os norte-americanos a pagarem suas dívidas imobiliárias.

O Ibovespa, principal índice de ações do país, registrava alta de 3,25% às 14h15, atingindo 54.574 pontos (veja gráfico com atualização constante). O dólar fazia o caminho inverso e recuava 0,35%, sendo vendido por R$ 1,968. A expectativa em relação às medidas de Bush contribuiu também para a alta dos mercados asiáticos, que atingiram nesta sexta o maior nível em três semanas, e europeus.

As Bolsas na Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, depois que Bush anunciou medidas para enfrentar a crise no setor de hipotecas de alto risco.

A inadimplência no setor de financiamento imobiliário, particularmente envolvendo os empréstimos para consumidores sem bom histórico de pagamentos de dívidas (o chamado crédito "subprime", de segunda linha), desencadeou a atual onda de turbulências nas Bolsas do mundo.

Declarações de Bernanke
Em esperado discurso, o presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, disse nesta sexta-feira que a instituição está de olho na crise.

Se as condições atuais persistirem nos mercados de hipotecas, a demanda por casas nos Estados Unidos pode ficar ainda mais debilitada, com possíveis implicações para a economia como um todo, afirmou Bernanke.

Ele discursou numa conferência anual do banco e comentou que o desaquecimento no setor imobiliário americano, que começou em meados de 2005, é significativo. "As vendas de casas novas e antigas têm caído expressivamente desde os picos vistos na metade de 2005 e permanecem baixas nos meses recentes", declarou.

Uma pesquisa de inflação divulgada hoje ajuda a animar aqueles que apostam na queda do juro americano. O núcleo do índice de preços relacionados aos gastos do consumidor nos Estados Unidos (PCE, na sigla em inglês) subiu apenas 0,1% em julho. Analistas esperavam alta de 0,2%. Se viesse acima do esperado, seria um argumento a mais contra a queda do juro.

Fonte: UOL Economia

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