Isso porque, da mesma forma que as mudanças trarão redução das taxas de juros e alongamento dos prazos, o que faz com que as parcelas caibam no bolso do mutuário, é importante destacar que o consumidor terá que arcar com um custo final maior. "Quanto maior o prazo, menor será a prestação mensal, mas igualmente mais caro ficará o imóvel por conta de uma quantidade maior de juros a pagar", disse.
Com a mudança, o prazo máximo de financiamento passa de 20 para 30 anos. Além disso, a taxa de administração passará de R$ 25,00 para R$ 21,43, a partir de 1º de setembro, e o prêmio mensal de seguros já sofreu uma redução média de 35%.
Na ponta do lápis
Para demonstrar o efeito real destas medidas e exemplificar como as mudanças podem interferir no bolso do consumidor, a Anefac fez algumas simulações de financiamentos, as quais consideram prazos de 20 e 30 anos, 70% do valor do imóvel financiado, taxas de juros atuais e novas, pagamento em carnê e em débito e folha de pagamento, além de sistema de amortização SACRE.
Na tabela abaixo, verifica-se que, num imóvel de R$ 130 mil - com R$ 91 mil financiados a uma taxa de juros de 10% ao ano mais TR -, quando o consumidor opta pelo prazo maior, há redução de 11,10% (R$ 126,39) no valor da primeira parcela frente ao mesmo financiamento de 20 anos. O valor final, porém, sobe 19,21%, ou R$ 39.499,43.
Prestação | Em 20 anos | Em 30 anos | Variações |
1ª prestação | R$ 1.138,44 | R$ 1.012,05 | -11,10% |
Última prestação | R$ 487,60 | R$ 373,71 | -23,36% |
Total | R$ 205.631,38 | R$ 245.130,81 | +19,21 |
Formas de pagamento
De acordo com o economista da Anefac, se o pagamento for feito via débito em conta corrente ou folha de pagamento - crédito consignado -, o consumidor terá uma economia de R$ 15.122,89, ou 6,17% no custo final, frente ao pagamento feito com carnê, quando a taxa de juros é de 10% mais TR. Para débito em conta ou consignado a taxa é de 9% mais TR.
Prestação | Em 30 anos/carnê | Em 30 anos/débito ou consignado | Variações |
1ª prestação | R$ 1.012,05 | R$ 936,12 | -7,50% |
Última prestação | R$ 373,71 | R$ 376,65 | +0,79% |
Total | R$ 245.130,81 | R$ 230.007,92 | -6,17% |
O economista disse ainda que deve-se levar em consideração que o mercado está sofrendo reduções freqüentes, devido às constantes quedas da taxa básica de juros (Selic). Por este motivo, ele indica, para quem puder, que espere até o próximo ano para comprar um imóvel.
"Quem adquirir um imóvel agora pagará a mesma taxa até o final do financiamento. Mas quem adquirir no ano que vem, poderá pagar menos", afirmou.
Fonte: InfoMoney
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