O dólar comercial avança fortemente desde o início dos negócios desta quinta-feira e chegou a anular toda a queda acumulada ao longo do ano.
Por volta das 14h20, saltava mais de 5% e era cotado a R$ 2,136, mesmo valor em que abriu o primeiro pregão de 2007. Em seguida, a alta foi amenizada. Às 15h, a moeda subia 3,3%, a R$ 2,098.
O câmbio vem de uma seqüência ininterrupta de cinco altas. Desde a quinta-feira da semana passada (dia 9) até o encerramento da sessão de ontem, subiu 7,69%, passando de R$ 1,886 para R$ 2,031.
Com a alta de hoje, a moeda anula toda a desvalorização acumulada no ano. Ela abriu o ano cotada a R$ 2,136. Em 23 de julho, um dia antes do início da atual onda de turbulências, acumulava queda de 13,7% no ano, sendo vendida por R$ 1,843.
"Neste ambiente, não há limites para queda nas Bolsas e nem para alta no preço da moeda americana, até que as prateleiras dos investidores estrangeiros estejam vazias no Brasil", disse Sidnei Moura Nehme, diretor-executivo da NGO Corretora.
Moedas de emergentes caem
Ontem, a maior parte das moedas latino-americanas se desvalorizou em relação ao dólar. Isso acontece, principalmente em países emergentes, por conta das sucessivas quedas das Bolsa de Valores, inclusive a Bovespa.
Os mercados de ações são afetados por um conjunto de acontecimentos que, desde 24 de julho, vêm aumentando as preocupações com o crédito de segunda linha no setor de imóveis ("subprime", no jargão em inglês) nos Estados Unidos.
Os investidores estrangeiros vendem as ações que têm nesses países e trocam seu dinheiro por dólar, para comprar papéis menos arriscados no exterior, principalmente os títulos do Tesouro dos Estados Unidos, considerados o investimento mais seguro do mundo.
Isso aumenta a procura pela moeda norte-americana, valorizando-a. Entre os dias 1º e 10 de agosto, os estrangeiros retiraram R$ 1,595 bilhão da Bovespa.
Fonte: UOL Economia
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