O índice que reúne as principais ações da Europa, em forte queda nesta sexta-feira, voltou ao mesmo patamar do final de 2006, o que significa que perdeu todos os ganhos acumulados no ano.
Às 9h14 (horário de Brasília), o índice FTSEurofirst 300 caía 3,02%, a 1.479 pontos, depois de ter recuado 1,8% ontem.
Desde 13 de julho, quando atingiu o maior nível em seis anos e meio, o índice já caiu 9,4%. Se continuar nesse ritmo até dezembro, terá o seu pior resultado anual em cinco anos.
A queda de hoje, no entanto, não está ligada somente ao mercado de crédito de alto risco dos Estados Unidos, questão que tem motivado a turbulência mundial das Bolsas. O Deutsche Bank revelou que os ativos de um de seus fundos caíram de 3 bilhões de euros no final de julho para 2,1 bilhões.
A notícia derrubou não apenas as ações do Deutsche Bank como contaminou os papéis de outros bancos, como Royal Bank of Scotland, que recuava mais de 5%, Barclays (quase 5%), ABN Amro (queda de 6%) e Credit Suisse (4,7%).
Efeito dominó
"A incerteza dos mercados financeiros é agravada pela falta de visibilidade", disse Tim Scholefield, diretor de equity do Baring Asset Management.
"O medo é assistir a algum efeito sistêmico acontecendo por causa da apreensão", analisou Philippe Waechter, diretor de pesquisa econômica da Natixis AM. Na prática, a afirmação se refere ao receio de um chamado "efeito dominó", em que as perdas de um setor atingem os demais.
Os mercados estão entrando em um período de "volatilidade explosiva", e vai levar tempo para que os investidores retomem a confiança, acrescentou Waechter.
Fonte: UOL Economia
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