01/08/2007

Bovespa reverte perdas e fecha com alta

Refletindo a falta de direcionamento do mercado norte-americano, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra mais um pregão de elevada volatilidade. Depois de operar em baixa durante todo a sessão, um movimento de compra nos instantes finais puxou o Ibovespa para o território positivo. O índice fechou com alta de 0,09%, aos 54.234 pontos, com giro financeiro em R$ 5,07 bilhões. No mercado futuro, o Ibovespa com vencimento em agosto subiu 0,56%, para 54.200 pontos.
Nova York passou o dia oscilando entre a alta e a baixa refletindo as preocupações com o mercado de crédito imobiliário. Mas as compras de final de pregão puxaram o Dow Jones, que fechou em alta de 1,14%, e zerou as perdas na Bovespa, que chegou a cair 2,12%.
"Esta grande volatilidade é reflexo do cenário externo, não tem como fugir disso. O mercado vive basicamente no intraday", avalia Luiz Roberto Monteiro, assessor de investimentos da Corretora Souza Barros.
Segundo Monteiro, tal cenário para o mercado brasileiro serve como teste para os novos investidores e profissionais do mercado. "Desde a eleição do Lula não tivemos crise nenhuma. Vamos ver o comportamento desde investidor e dos profissionais que atuam no mercado em momento de turbulência", disse.
Os comentários que surgiram no mercado foram de que a puxada observada nas bolsas norte-americanas estaria relacionada com o zeramento de posições vendidas, ou seja, aqueles que apostavam em maiores quedas tiveram que rever suas posições.
Outro boato que correu as mesas nesta quarta-feira está diretamente relacionado ao mercado de crédito nos EUA, fonte da atual instabilidade. De reunião de analistas saiu o seguinte comentário: caso as quedas no mercado sejam muito grandes o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) poderá intervir em algumas instituições.
Destaque de alta para a Brasil Telecom (BRTP3), que ganhou 4,51%, para R$ 43,51. Forte alta para a Braskem (BRKM5), que subiu 4,22%, para R$ 18,00. Cosan (CSAN3) e Submarino (SUBA3) subiram mais de 3% cada, para R$ 32,95 e R$ 81,67, respectivamente.
Segurando o índice, a Petrobras (PETR4) caiu 0,62%, para R$ 52,38. As ações da Vale (VALE5) registraram queda de 0,12%, para R$ 79,10. A mineradora encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 5,8 bilhões, um crescimento de 50% no comparativo anual. De acordo com a Brascan Corretora, a perspectiva é que de a companhia siga se beneficiando da forte demanda por seus produtos. A corretora mantém a recomendação outperform para as ações com preço justo em R$ 110,93, o que representa um potencial de alta de 40,1% sobre o preço de fechamento de ontem.
As ações da Lojas Renner (LREN3) subiram 0,98%, para R$ 35,75. A varejista fechou o segundo trimestre com um lucro líquido de R$ 40,4 milhões, crescimento de 76,8%. A empresa também reduziu sua despesa com vendas, ampliando suas margens. Na visão da Ativa Corretora, os resultados são positivos e o momento favorável do setor, aliado à estratégia de crescimento, possibilitam boas perspectivas para os próximos trimestres.
A Bovespa apresentou hoje a primeira prévia da carteira teórica que passa a vigorar de setembro a dezembro. A carteira lista 61 ações e registra a entrada das ON da Gafisa (GFSA3) e as PN da Lojas Americanas (LAME4). Os papéis da Gafisa caíam 4,13%, para R$ 28,75, devolvendo todo o ganho dos últimos pregões. Já a Lojas Americanas (LAME4) ganhou 0,84%, para R$ 168,51. (Eduardo Campos - InvestNews)

Fonte: Gazeta Mercantil

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