O índice Nikkei da Bolsa de Tóquio fechou a sessão novamente em forte baixa de 1,99%, o que no entanto representa uma recuperação pois durante a sessão o mercado chegou a registrar uma queda de 3,74% devido à crise dos empréstimos hipotecários de risco nos Estados Unidos.
O índice Nikkei 225 perdeu 327,12 pontos (-1,99%) para se situar em 16.148,49 pontos, seu nível mais baixo desde 29 de novembro de 2006.
A empresa australiana Australia's Rams Home Loans Group anunciou que não poderá refinanciar US$ 5 bilhões de sua dívida, o que repercute negativamente na cotação dos bancos.
Em Hong Kong, a bolsa fechou com o índice referencial Hang Seng caindo 703,33 pontos (3,29%), até 20.672,39. Analistas disseram que as bolsas da região, em queda já há vários dias, não viam perdas semelhantes desde a crise causada pelos atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos.
Europa
As bolsas européias abriram o pregão de hoje com fortes quedas pelo terceiro dia consecutivo, afetadas pelas baixas nos mercados asiáticos e pelo fechamento em queda de ontem em Wall Street.
Os principais índices dos mercados de valores da Europa caíam nos primeiros minutos de negociação em torno de 2%.
O Euro Stoxx 50, que reúne as 50 principais ações da zona do euro, registrava às 4h40 (de Brasília) uma queda de 2%, até 4.099,7 pontos. Todos seus títulos caíam.
Na zona do euro os títulos com maiores quedas eram os dos setores de matérias-primas (3%), serviços financeiros (3%) e químicos (2,8%).
O FTSE 100 de Londres caía 1,8%, até pontos; o DAX 30, de Frankfurt, 1,9%, para 7.302,46; o CAC 40, de Paris, 2%, chegando a 5.335,26; e o Ibex 35, de Madri, 1,8%, até 14.257,8. Às 5h25 (de Brasília) o euro era cotado a US$ 1,3413, contra US$ 1,3461 do fechamento de ontem.
O nervosismo causado pela crise no mercado de crédito imobiliário de risco nos Estados Unidos foi agravado por especulações sobre a possível quebra de mais um banco norte-americano.
A cotação das ações do banco imobiliário Countrywide caíram drasticamente depois de boatos sobre sua falência, que acabaram tendo repercussão mundial.
"Falta confiança, o mercado não está se tranqüilizando", comentou Kazuhiko Shibata, analista do banco alemão Dresdner Bank para a Ásia.
Economistas europeus já temem que a crise leve os bancos a oferecerem menos empréstimos no futuro, o que pode desaquecer a economia.
"A médio prazo vai ficar mais difícil obter crédito, já que os bancos vão ficar mais cautelosos", diz o economista chefe da Câmara de Comércio e Indústria alemã Axel Nitschke.
Fonte: Invertia
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