31/08/2007

Bush anuncia plano de ajuda aos que não podem pagar hipotecas

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, anunciará hoje um plano de ajuda para os que não podem pagar as hipotecas, intervindo assim em um problema que provocou graves turbulências nos mercados financeiros, afirmou hoje a imprensa americana.

A notícia provocou altas nos mercados devido à expectativa dos investidores de que o Governo federal intervirá na crise e o Federal Reserve (Fed, banco central americano) reduzirá as taxas de juros.

Os jornais "The Wall Street Journal" e "Washington Post", e a rede "National Public Radio" disseram que Bush e o secretário do Tesouro, Henry Paulson, proporão mudanças no programa federal de seguros de hipotecas.

O presidente do Fed, Ben Bernanke, falará hoje às 11h de Brasília, em Wyoming, e muitos analistas esperam que indique se o banco central está disposto a afrouxar sua política monetária, que manteve a taxa de juros em 5,25% desde junho de 2006.

A recessão no mercado imobiliário começou há quase 20 meses, e a ela se acrescentou o problema das hipotecas de alto risco - concedidas a milhões de pessoas que agora não podem fazer frente aos pagamentos mensais, nem podem vender propriedades que se desvalorizaram.

Quase todas essas hipotecas foram feitas com juros fixos por dois ou três anos, e depois juros variáveis. Considerando que a maioria dessas operações ocorreu entre 2004 e 2006, milhões de compradores enfrentam agora o reajuste de seus juros.

Várias empresas de hipotecas quebraram e os mercados financeiros globais, que podem sofrer com falta de liquidez, registraram abruptas oscilações em semanas recentes.

O "Washington Post" indicou que Bush e Paulson oferecerão um plano pelo qual os compradores que atrasarem nos pagamentos das hipotecas com juros variáveis teriam algum alívio para adiar os pagamentos.

"As autoridades calculam que cerca de dois milhões de hipotecas concedidas a prestatários de alto risco chegarão ao ponto de reajuste dos juros nos próximos dois anos, com um valor total de mais de US$ 500 bilhões", afirmou o "Post".

Fonte: UOL Economia

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