30/08/2007

O momento é favorável para quem pensa em aplicar em fundos de renda fixa?

Desde o início da crise subprime, os investidores se questionam sobre as tendências futuras do mercado financeiro. Pairam dúvidas acerca da tendência futura das bolsas, do desempenho do real frente às demais moedas, dos patamares das taxas de juros e do desempenho dos títulos públicos.

E em meio à tanta incerteza, quem tem, ou pensa em ter, aplicações em fundos de investimentos se pergunta quais são as melhores alternativas em um ambiente financeiro marcado pela instabilidade. No caso da renda fixa, as opiniões são divergentes.

Para a equipe do HSBC, por exemplo, não existem prêmios na curva de juros pré-fixados e, com isso, os fundos de renda fixa não são uma opção interessante para novos investimentos. Isto porque, nos últimos meses, vem se intensificando a percepção de que o Banco Central deverá adotar uma postura mais cautelosa nas suas próximas reuniões, com a percepção de pausa no processo de queda da Selic.

A hora não é propícia
Além disso, o aumento das incertezas internacionais afeta o mercado de juros, principalmente os papéis com vencimentos mais longos. Assim, na opinião do HSBC, a hora não é propícia para aplicações na renda fixa.

"O mercado de renda fixa, que também foi afetado pelo aumento da aversão ao risco global, sofreu mais do que os outros mercados, pois a expectativa sobre a trajetória de corte de juros vem perdendo força. Mudamos nossa visão em relação a esse mercado e, nesse contexto, não enxergamos espaço para uma melhora que justifique uma recomendação favorável", completa a instituição.

Contudo, para aqueles que já possuem investimentos deste caráter, a recomendação é de manutenção das posições, já que a retirada ou migração dos recursos acarreta em perdas de benefícios tributários.

Mas a taxa de juros ainda é elevada
Já Carlos Henrique Mussolini, analista de investimentos da Itaú Corretora, acredita que, em um cenário de taxas de juros altas, como é o caso do Brasil, os fundos de renda fixa são bastante atrativos.

Mesmo com a trajetória de cortes na Selic, a taxa de juro real do país ainda é uma das mais altas do mundo, o que proporciona rentabilidade atraente para este tipo de aplicação.

Fonte: InfoMoney

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