10/08/2007

Projeções de ganhos para o Ibovespa sobrevivem às turbulências recentes

Nos períodos em que a bolsa brasileira evolui sem maiores tropeços, parecem naturais as projeções cada vez mais ousadas para o Ibovespa. Recordes sobre recordes conferem um ar de sensatez ao bom humor geral.

Já quando a renda variável passa por correções significativas, alguns analistas abandonam a euforia passada e aprontam rápidas ressalvas. Outros fazem questão de reafirmar o otimismo inicial, como prova de confiança nos fundamentos e na metodologia adotada.

De fato, diante das turbulências recentes, o mercado chegou a considerar alertas para suportes de 51 mil pontos e até 47 mil pontos do Ibovespa. No entanto, o grupo dos que ratificam as estimativas de ganhos parece ter imperado.

Fortalecendo a aposta na alta

Em análise atualizada sobre a renda variável brasileira, a Itaú Corretora não rebaixou projeções anteriores. Ao contrário, destacou múltiplos atraentes e estipulou o preço-alvo de 67 mil pontos para o Ibovespa ao fim de 2007.

Os argumentos da instituição baseiam-se em melhores dados macroeconômicos e no desconto frente a pares globais. Fundamentos que falam mais alto, deixando o prejuízo recente como mero ajuste casual.

Sem reconsiderar

A Itaú Corretora não está sozinha em sua posição. Os analistas da Austin Rating também crêem em valorização substancial do Ibovespa, e sugerem um fim de ano na casa dos 65 mil pontos.

"O cenário de correção não tem força suficiente para alterar as expectativas da Austin Rating quanto ao nível em que a bolsa de valores vai encerrar este ano", afirma a agência de classificação de risco.

Ambas as opiniões superam o teto de 62.500 pontos das projeções para o Ibovespa coletadas pela InfoMoney em meados de junho. Amostra de apostas reforçadas na alta, a despeito das últimas semanas.

Factual versus estrutural

Por mais confiante o discurso, previsões só são confirmadas pregão a pregão. Até lá, fica a disputa entre os que reconsideram diante do factual e os fiéis aos fatores estruturais.

Fonte: UOL Economia

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