28/08/2007

Bolsa interrompe recuperação e opera em baixa; dólar sobe

As preocupações com o crédito imobiliário nos Estados Unidos voltam a prevalecer e fazem a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) operar em baixa na manhã desta terça-feira (veha gráfico com atualização permanente).

Às 10h05, o Ibovespa, principal índice de ações do país, caía 1,2%, a 52.443 pontos. O dólar, quase no mesmo horário, subia 0,92%, vendido a R$ 1,969.

A baixa da Bolsa nesta terça interrompe uma sequência de sete altas, que recuperava parte das perdas na recente onda de turbulências.

Na Ásia, o temor sobre desaquecimento da economia fez as Bolsas encerrarem a terça-feira em queda, apesar de algumas empresas terem anunciado um balanço trimestral melhor que o esperado.

Investidor aguarda Fed
A divulgação da ata do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), que costuma ser um dos acontecimentos que mais influenciam as Bolsas do mundo, desta vez perde um pouco do valor, uma vez que foi elaborado antes do agravamento da crise envolvendo o crédito de segunda linha norte-americano.

Mesmo assim, investidores aguardam a ata para ver se existe alguma pista sobre a perspectiva para a taxa básica de juros dos Estados Unidos.

Imóveis preocupam
Ontem, duas notícias relacionadas ao setor imobiliário norte-americano surpreenderam negativamente os investidores. Uma pesquisa mostrou que o número de moradias não-vendidas atingiu em julho o maior nível em mais de 15 anos.

Além disso, a Countrywide Financial, maior empresa americana da área de hipotecas, anunciou que reduziu sua previsão de lucro para o terceiro e quarto trimestres de 2008.

A turbulência dos mercados mundiais provocou na Bolsa brasileira, até agora, uma seqüência de altas e uma de quedas. Entre os dias 9 e 16 de agosto, o Ibovespa recuou 13,1%; entre o dia 17 e ontem, houve uma alta de 10,5%.

Fonte: UOL Economia

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