02/08/2011

Destaques Bovespa - 02/08/2011

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 28 de julho, quinta-feira, R$ 133,02 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em alta de 0,72%. No mês de julho, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em 1,386 bilhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 275,63 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 28 de julho, R$ 32,090 milhões na Bovespa. No mês de julho, o saldo está negativo em R$ 657,26 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 4,612 bilhões.

Mercado local, assim como os mercados internacionais, ficará de olho na aprovação do acordo para elevar o teto do déficit dos EUA no Senado, estando também atentos à divulgação da agenda norte-americana, que hoje conta com renda pessoal e principalmente gastos pessoais de junho, na esperança de que saiam números mais animadores após os fracos dados do ISM industrial divulgado ontem (01). Na agenda local, antes da abertura, os investidores acompanharão os dados da produção industrial de junho, com esperado em -0,4%. Além desses fatores de atenção, o receio do rebaixamento do rating da dívida norte-americana e também do agravamento da crise de déficit na Europa seguem pressionando os mercados. 

BR Malls – A companhia divulgou ontem após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 199,4 milhões crescimento de 62,06% em relação ao mesmo período do ano passado,  11,35% acima do trimestre anterior e 6,35% maior que as expectativas do mercado, que totalizavam R$ 187,5 milhões. Tal crescimento foi impactado pelo repasse do aumento da inflação nos reajustes contratuais de aluguel nos shoppings da empresa, que somaram R$118,6 milhões no 2T11, valor 64,5% superior pela comparação anual. Além disso, o aumento no número de empreendimentos do portfólio da BR Malls, que totalizou 30 shoppings frente aos 23 estabelecimentos no 2T10, também gerou um impacto positivo no faturamento da companhia, registrando um crescimento de 53,2% frente ao mesmo período de 2010. Já o EBITDA totalizou R$ 159,2 milhões, montante 58,80% superior ao divulgado pela companhia na comparação anual e 14,27% maior que o 1T11. Em relação ao lucro líquido, a administradora de shoppings alcançou R$ 115,3 milhões, expansão de 56,72% sobre o mesmo período do ano anterior, principalmente influenciado pelo forte resultado operacional advindo do elevado turnover das lojas que geraram o aumento expressivo de 233,5% na taxa de transferência dos estabelecimentos e do maior aluguel por m² cobrado nesses shoppings, que subiram 25,3% sobre o 2T10. O destaque positivo ficou para o maior spread na renovação dos contratos com os lojistas, alcançando 27,4% contra 22,3% no 2T10, em decorrência da alta demanda por espaços comerciais nos shoppings do portfólio da companhia.  Acreditamos em um impacto positivo para as ações da companhia diante dos sólidos resultados apresentados pela BR Malls.

Cielo – Segundo uma notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico", a companhia de cartões de crédito fechou uma parceria com a "Credicard" para participar das transações realizadas com o cartão "Diners Club International", bandeira que atualmente possui 500 mil cartões e market-share de aproximadamente 5% do mercado doméstico. Além disso, o acordo prevê o compartilhamento das operações com bandeira americana Discover, empresa detentora da marca "Credicard" e que possui uma base de clientes global com aproximadamente 50 milhões de usuários. Com o acolhimento do acordo, a Cielo se tornará a única empresa credenciadora das bandeiras mais importantes do mercado doméstico como: Elo, Diners, Amex, Visa e Mastecard. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da companhia no médio prazo.

Itaú Unibanco – A companhia divulgou ontem (02), depois do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram em linha com as expectativas do mercado. A receita líquida de intermediação financeira foi de R$ 23,4 Bilhões, crescimento de 24,09% em relação ao mesmo período do ano passado, 4,86% superior ao trimestre anterior e 23,6% acima das expectativas, que totalizavam R$ 18,9 Bilhões. Já as despesas com PDD totalizaram R$ 5,1 bilhões, aumento de 27,08% na comparação anual e 16,60% superior ao trimestre anterior. A despesa de provisão de devedores duvidosos totalizou 1,6% da carteira de crédito no segundo trimestre de 2011, crescimento de 0,1 p.p em relação ao trimestre anterior. O lucro líquido divulgado foi de R$ 3,6 bilhões, 13,82% acima do ano anterior, 2,04% superior na comparação trimestral e 1,23% inferior as expectativas do mercado. Tal resultado foi influenciado pela expansão de 22% dos empréstimos e pelo aumento de 11% das receitas com serviços financeiros, ambos com relação ao mesmo período do ano passado. A companhia também destacou que o Índice de Basiléia permaneceu em 16,1%, estável na comparação trimestral e melhora de 0,4% com relação ao ano passado. Além disso, o nível de inadimplência total alcançou 4,5% no segundo trimestre de 2011, aumento de 0,3 p.p em relação ao trimestre anterior, devido ao crescimento do índice nas operações com pessoas jurídicas de 3,1% para 3,5%, na comparação trimestral, principalmente por conta do setor de pequenas e médias empresas. Em linhas gerais, os números apresentados vieram em linha para abaixo das expectativas do mercado. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

TAM Linhas Aéreas – De acordo com o jornal "Valor Econômico", a TAM realizou ontem (01) uma reestruturação no seu alto escalão, através da saída de um dos seus principais executivos, o vice-presidente comercial e de alianças, Paulo Castello Branco. Segundo pessoas próximas a Castello Branco, a saída tem como motivo a reestruturação estratégica da companhia pela futura fusão com a LAN Chile, anunciada em agosto do ano passado e que pode ser concluída em março do ano que vem. A decisão teria sido tomada pelo conselho de administração em conjunto com o executivo. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre os ativos da companhia.

Usiminas – A companhia divulgou hoje antes da abertura do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram dentro das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 3,02 bilhões, queda de 15,6% em relação ao mesmo período do ano passado,  e levemente abaixo do trimestre anterior. Além disso, o número divulgado veio 6,2% abaixo das expectativas do mercado, que totalizava R$ 3,2 Bilhões. Tal desaceleração foi impactada pelo menor número de toneladas vendidas em relação ao 2T10 e do aumento do preço médio de vendas de aço no 2T11 frente ao 1T11. Já o EBITDA atingiu R$ 365,3 milhões, apresentando uma forte queda de 58,1% em comparação com o segundo trimestre do ano passado, como conseqüência da elevação dos custos de matérias-primas e mão-de-obra superiores a 5% sobre o primeiro semestre de 2010. Em relação ao trimestre anterior, o EBITDA demonstrou uma alta de 8,4%, beneficiada pelo maior volume de vendas no mercado interno sobre o 1T11, alcançando 85% do faturamento da siderúrgica no período. Sobre o lucro líquido, a Usiminas registrou R$ 157,0 milhões no 2T11, valor 54,8% inferior ao mesmo trimestre do ano anterior e 881% acima do 1T11. Vale lembrar que no período anterior, o lucro líquido foi impactado negativamente pelas perdas contáveis decorrentes da vendas das ações da Ternium, enquanto o pior desempenho sobre o 2T10 ocorreu devido aos impactos do aumento dos custos e menor volume de vendas pela companhia. O destaque positivo ficou para o maior preço médio da tonelada no mercado interno, que subiu 2% em relação ao 1T11 e aumento de 5% nas cotações do mercado externo frente ao trimestre anterior. Acreditamos em um impacto neutro para as ações da Usiminas à medida que o cenário para a siderurgia brasileira continua fortemente pressionado pelo aumento das importações e elevação dos custos operacionais das companhias , apresentando uma contínua pressão sobre os resultados das empresas do setor.


Fonte: Um Investimentos

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