15/08/2011

Destaques Bovespa - 15/08/2011

Mercados Ontem (Sexta-Feira 12/08/2011)

O Ibovespa fechou a sessão em leve alta de 0,24%, aos 53.473 pontos, com mínima de -1,30% aos 52.650 pontos e máxima de 0,56% aos 53.643 pontos, totalizando um giro financeiro de R$ 6,91 bilhões.

Em um dia marcado por uma fraca agenda de dados macroeconômicos domésticos e pela divulgação de diversos resultados corporativos mistos, o índice performou sem direção definida, alternando entre o campo positivo e negativo. Os destaques positivos ficaram para os papéis da Usiminas PN, Gerdau Metalúrgica e TAM, com altas de 9,35%, 6,99% e 5,78%, respectivamente. Já os negativos foram as ações da Rossi e Usiminas ON, com queda de 6,07%, e Gafisa, com queda de 5,99%.

Os papéis ON e PN da Petrobrás encerraram o dia em direções divergentes com queda de 0,66% e alta de 0,45%, respectivamente, enquanto os papéis ON e PN da Vale fecharam em queda de 0,41% e 0,14%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 10 de agosto, quarta-feira, R$ 54,60 milhões na Bovespa, quando o índice fechou próximo à estabilidade, em alta de 0,48%. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros voltou ao terreno positivo, agora em superávit de 53,66 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 342,51 milhões. Já os investidores Pessoa Física ingressaram, no dia 10 de agosto, R$ 39,19 milhões na Bovespa, primeiro dia de ingressos desde 03 de agosto. Neste mês, o saldo está negativo em R$ 479,74 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 5,087 bilhões.

Mercados Hoje

Em dia de agenda vazia na Europa, os investidores seguem observando de perto qualquer novidade em relação à crise de déficit na zona do euro, e também de olho na agenda norte americana. Muitos investidores estão atrás de ações com múltiplos atrativos, e no caso da bolsa brasileira existem diversas oportunidades. Receios com a economia dos EUA e europeia continuam no foco, e a volatilidade, pelo menos nesse início de semana, parece ser menor do que na semana passada.

Brookfield – A companhia divulgou na sexta-feira (14/08) após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram em linha com as expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 880,6 milhões, queda de 26,32% em relação ao mesmo período do ano passado, alta de 20,44% sobre o trimestre anterior, porém superando as expectativas do mercado em 5,97%, que totalizavam R$ 831 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 184,6 milhões, registrando um valor 30,39% inferior ao 2T10 e 2,72% maior que o divulgado no 1T11, superando as estimativas do mercado em 3,91%, que totalizavam R$ 177,7 milhões. Em relação ao lucro líquido divulgado, a Brookfield atingiu R$ 78,2 milhões no segundo trimestre de 2011, registrando um resultado inferior no comparativo anual de 42,79% e um crescimento de 18,84% pela comparação trimestral. O destaque negativo ficou para a redução do guidance de lançamentos para 2011 e 2012, que recuou aproximadamente R$ 1 Bilhão frente à projeção anterior, passando para uma meta de lançamentos entre R$ 4,0 Bilhões a R$ 4,2 Bilhões em 2011 e de R$ 4,25 Bilhões a R$ 4,75 Bilhões em 2012. Em linhas gerais, os números apresentados vieram aquém das expectativas do mercado, devendo ter um impacto neutro / marginalmente negativo sobre os papéis da companhia - aguardaremos o conference call da Brookfield a ser realizado hoje (15/08) para maiores detalhes.

Cemig – A companhia divulgou sexta-feira (12), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que basicamente vieram em linha com as expectativas, com leve viés positivo. A receita líquida foi de R$ 3,82 bilhões, crescimento de 11,34% em relação ao mesmo período do ano passado, 5,93% acima do trimestre anterior e 8,93% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 3,507 bilhões. O EBITDA totalizou R$ 1,267 bilhões, crescimento de 19,87% em relação ao mesmo período do ano passado, 2% abaixo do trimestre anterior e em linha com as expectativas, que totalizavam R$ 1,275 bilhões. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 523 milhões, 28,5% superior em relação ao mesmo período do ano passado, 0,57% abaixo do ultimo trimestre e 4,04% abaixo das expectativas, que totalizavam R$ 545 milhões. O destaque positivo ficou para as elevações das margens da companhia na comparação anual. De acordo com o diretor-presidente da companhia, Djalma Bastos de Morais, "os excepcionais resultados apresentados no segundo trimestre de 2011 refletem o sucesso do nosso Plano Diretor e da estratégia a ele ligada que, ao focar no longo prazo, propicia à Cemig apresentar resultados crescentes, com um portfólio de negócios equilibrado e de baixo risco. Após realizar de forma bem sucedida várias aquisições, a Cemig se encontra em ótima posição dentro de um contexto de forte crescimento econômico, como vêm sendo demonstrado pelo excepcional crescimento de nosso mercado consumidor. Continuamos a fazer o nosso dever de casa, crescendo em todos os setores de forma equilibrada e com foco em excelência operacional". Apesar do os números apresentados vieram em linhas com as expectativas do mercado, acreditamos que a companhia divulgou sólidos resultados, que foram relativamente acima de seus pares no mercado nacional, devendo ter um impacto marginalmente positivo sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

DASA – A companhia divulgou ontem (domingo), seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 541,2 milhões, crescimento de 9,67% em relação ao mesmo período do ano passado, 6,10% acima do trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado que totalizavam R$ 541,3 milhões. A receita foi impulsionada principalmente pelo crescimento do segmento Ambulatorial e Hospitalar, que apresentou 13% de aumento em relação ao ano passado, representando 83,9% do faturamento total da companhia. Já o EBITDA ficou em R$ 117,6 milhões, 4,47% abaixo em relação ao mesmo período do ano passado, 11,04% abaixo do trimestre anterior e 18,09% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 143,6 milhões. As despesas administrativas não recorrentes foram os principais responsáveis pela queda do EBITDA na comparação anual, gerando um aumento de 17,5% destas despesas. Isso ocorreu devido ao investimento na estrutura do call centers, áreas comerciais e TI. Além disso, as operações de logística, que antes eram realizados por terceiros, foram internalizadas. Sem considerar estas despesas não recorrentes, a margem EBITDA totalizaria 26,3%. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 25,7 milhões, redução de 45,09% em relação ao mesmo período do ano passado, 42,38% acima do ultimo trimestre e 47,90% abaixo das expectativas, que totalizavam R$ 49,3 milhões. A redução do lucro líquido se deve principalmente devido ao aumento das despesas financeiras líquidas de R$ 52,2 milhões, aumento de 173% com relação ao mesmo período do ano passado, impactada principalmente pelo custo do hedge e da despesas não recorrente de imposto de renda sobre juros, referente à liquidação do empréstimo de R$ 11 milhões em moeda estrangeira. A companhia ainda destacou que o parecer emitido, em 26 de julho, pela Procuradoria-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Pro-Cade) contra a fusão da companhia e a MD1 foi lastreado em premissas erradas, devido à participação de pessoas físicas acionistas do grupo Amil no capital social da DASA e da MD1. Em linhas gerais, os números apresentados vieram abaixo das expectativas do mercado, devendo ter um impacto negativo sobre os ativos da companhia (apesar dos mesmos terem sido influenciados por eventos não recorrentes). Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

GP Investimentos – A companhia aprovou um programa de recompra de ações para os próximos 12 meses referente à aquisição de 12.218.078 de papéis de classe A e BRD´s, representando 10% do free-float da empresa. De acordo com a companhia, a recompra das ações serão realizadas através da BM&FBovespa e da Luxembourg Stock Exchange em até 15/08/2012. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da empresa.

Hypermarcas – A companhia divulgou hoje, antes do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 936,6 milhões, crescimento de 23,58% em relação ao mesmo período do ano passado, 10,82% acima do trimestre anterior e 6,48% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,01 bilhão. O aumento da receita foi gerado pelo crescimento de 16,4% do segmento Beleza e Higiene Pessoal e a variação de 46,4% da linha de produtos Farma, que totalizaram 40,3% e 51,7%respectivamente, da receita líquida deste trimestre. Já o EBITDA ficou em R$ 220,5 milhões, crescimento de 42,72% em relação ao mesmo período do ano passado, 2,70% acima do trimestre anterior e 3,88% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 229,4 milhões. O aumento do EBITDA com relação ao ano passado ocorreu principalmente devido ao aumento da margem bruta, devido à melhoria na política de preços, melhoria de custos com ganhos de escala com as aquisições realizadas e melhoria do mix de vendas, comparado ao 2T10. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 53,3 milhões, 19,38% superior em relação ao mesmo período do ano passado, 62,01% acima do ultimo trimestre e 45,65% abaixo das expectativas, que totalizavam R$ 98,1 milhões. A empresa ainda divulgou que devido a piora nas perspectivas econômicas e o aumento do tempo para a reestruturação das forças de vendas levaram a revisão do guidance do EBITDA para 2011, que reduziu para R$ 900 milhões (10% de redução). A companhia ainda anunciou que provou nesta mesma data a negociação, pela Companhia, de ações de sua própria emissão, mediante a compra de opções de compra ("calls") e o lançamento de opções de venda ("puts") referenciadas em ações da Companhia. O prazo máximo para realização desta operação é de 180 dias, iniciando-se em 12 de agosto de 2011 e encerrando-se, portanto, em 12 de fevereiro de 2012. O total de ações ou opções de compra ou venda a serem lançadas ou adquiridas é de até 35.000.000 (trinta e cinco milhões), que representam até 9,5% (cinco virgula seis por cento) do total das ações de emissão da Companhia em circulação no mercado nesta data.
Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente abaixo das expectativas do mercado, porém, dada a perfomarce das ações da companhia no ano, queda de 49,69% em 2011, e a notícia de recompra de 9,5% do free float, acreditamos em um impacto neutro sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado amanhã para maiores detalhes.

JBS – A companhia anunciou na sexta-feira (12/08) por meio de um fato relevante, que o BNDESPAR aumentou sua participação no capital social da JBS, passando de 17% para 30,4% após a subscrição de uma oferta de debêntures conversíveis em ações ao BNDESPAR em 18/05/2011. De acordo com a empresa, o aumento da participação acionária pelo BNDES na companhia não visará à alteração da estrutura administrativa da JBS. Acreditamos em um impacto marginalmente positivo para os papéis da JBS.

Marfrig – A companhia divulgou hoje (15) seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram abaixo das expectativas do mercado – registrando prejuízo. A receita líquida foi de R$ 5,322 bilhões, crescimento de 49,55% em relação ao mesmo período do ano passado, 1,33% em relação ao trimestre anterior e 2,88% abaixo das expectativas do mercado, que giravam em torno de R$ 5,480 bilhões. Já o EBITDA ficou em R$ 277,8 milhões, crescimento de 9,72% em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 17,64% em relação ao trimestre anterior e 15,59% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 329 milhões. O resultado líquido foi o grande destaque negativo, registrando um prejuízo de R$ 91 milhões, contra um lucro de R$ 23,5 milhões no ano anterior e R$ 103,8 milhões no trimestre passado, abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 29,5 milhões de lucro. O resultado negativo foi bastante influenciado pelo aumento das despesas operacionais, que avançaram 32,8% no ano e 7,4% no trimestre. A companhia ainda destacou que o "a margem EBITDA atingiu 5,2% no trimestre, contra 7,1% no 2T10 e 6,4% no 1T11, explicada pelo aumento de preços de matérias-primas (especialmente grãos), pressão inflacionária nos países em que atuamos, apreciação de 2,1% do real médio frente ao dólar norte-americano médio no período e pelo aumento de despesas com mão-de-obra (devido a demissões realizadas no segundo trimestre, acordos e dissídios) e despesas de terceiros relacionadas a auditoria e consultorias". O destaque positivo do relatório foi a mudança no perfil do endividamento, que atingiu 22,7% no curto prazo, contra 29,6% no trimestre anterior. Em linhas gerais, os números apresentados vieram abaixo das expectativas do mercado, porém dado que os ativos caíram 43,03% apenas em agosto, não acreditamos em movimentos de grande magnitude (parte dos resultados aquém das expectativas já foram parcialmente precificados em nossa opinião) - aguardaremos o conference call, a ser realizado amanhã (12) às 9h00min para maiores detalhes.

PDG – A companhia divulgou seus resultados operacionais do 2T11 ontem (14/08). Segundo a companhia o VGV lançado no semestre atingiu R$ 3,81 bilhões, volume 33,5% maior que o alcançado no mesmo semestre do ano de 2010. Já no trimestre, a incorporadora atingiu um volume total de lançamento de R$ 2,05 bilhões, valor 13,9% acima do mesmo período do ano anterior e 16,8% maior que o registrado pela PDG no 1T11, permitindo a incorporado alcançar 40% do guidance para 2011. Do ponto de vista da diversificação geográfica da companhia, os lançamentos sofreram uma forte concentração no estado de SP e Bahia, respondendo por aproximadamente 40,4% e 15,4% respectivamente. Em relação às vendas contratadas, a incorporadora atingiu o montante de R$ 1,82 Bilhão, valor 17,2% superior ao alcançado pela construtora no 2T10. Já pela comparação trimestral, esse volume demonstrou um crescimento de 7,1%, sendo que os estados de SP e RJ foram os que mais contribuíram para aumentar as vendas da construtora no período. Em relação à receita líquida, a PDG atingiu R$ 1,71 Bilhão, demonstrando um forte crescimento de 29,65% sobre o mesmo período do ano passado, 13,08% acima do trimestre anterior, conseguindo superar as expectativas do mercado em 3,64%, que totalizavam R$ 1,65 Bilhão. Já o EBITDA ficou em R$ 442,2 milhões, valor 19,03% superior ao divulgado pela PDG no 2T10 e 22,90 % acima do montante divulgado no 1T11, superando as expectativas do mercado em 19,26%, que totalizavam R$ 370,8 milhões. Sobre o lucro líquido divulgado, a companhia registrou no 2T11 um total de R$ 247,5 milhões, demonstrando um aumento de 12,35% pela comparação anual e 3,51% sobre a base trimestral, ficando praticamente em linha com as expectativas do mercado. Acreditamos em um impacto positivo para as ações da empresa, diante dos sólidos resultados apresentados pela incorporadora.

Fonte: Um Investimentos

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