12/08/2011

Destaques Bovespa - 12/08/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa terminou com alta de 3,79%, aos 53.343 pontos, com máxima de 53.723 pontos, mínima de 51.398 pontos e forte giro financeiro de R$ 8,4 bilhões. Em um dia volátil, a bolsa brasileira foi influenciada pela divulgação de dados da economia norte-americana e do mercado doméstico, como os pedidos de auxílio desemprego, nos EUA, e as vendas no varejo brasileiro.

O rali da bolsa brasileira foi impulsionado pela melhora do humor dos investidores internacionais, que gerou fortes altas na maioria dos papéis do índice, com destaque para as ações do setor de siderurgia. As principais blue chips acompanharam a recuperação dos preços das commodities no mercado internacional. Os papéis ON e PN da Petrobrás encerraram com alta de 3,20% e 2,43%, respectivamente. Enquanto as ações ON e PN da Vale fecharam com alta de 4,32% e 4,29%, respectivamente.
Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 09 de agosto, terça-feira, R$ 102,30 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em forte alta de 5,10 %. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está negativo em R$ 934 mil. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 287,91 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 09 de agosto, R$ 109,66 milhões na Bovespa. No mês de agosto, o saldo está negativo em R$ 518,94 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 5,126 bilhões.

Mercados Hoje

Mercado local continuará seguindo os mercados internacionais, que hoje amanheceram novamente um pouco mais aliviados com a crise de déficit na Europa e nos EUA. Investidores locais buscam no mercado ações que estejam com múltiplos atrativos, como o Ibovespa foi um dos índices que mais sofreram esse ano, essa garimpada não está sendo difícil de ser realizada. A temporada de balanços continua e vêm trazendo, além de volatilidade, oportunidades atrativas. No fechamento do mercado de hoje teremos a divulgação dos resultados da Petrobras para o segundo trimestre de 2011. A alta volatilidade está e estará muito presente nos mercados, nas próximas sessões, por isso cautela e timing são cruciais.

Aes Tietê – A companhia divulgou ontem (11), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, basicamente, vieram marginalmente abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida totalizou R$ 409,1 milhões, crescimento de 1,61% em relação ao mesmo período do ano passado, 1,75% inferior ao trimestre anterior e 3,16% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 422,4 milhões. Esta elevação do faturamento na comparação anual se deve ao crescimento de 42,3% no volume de energia vendida por intermédio da CCEE e a alta de 16,3% no volume de energia vendida por outros contratos bilaterais, que compensaram a queda do volume de energia vendida para a AES Eletropaulo. O EBITDA foi de R$ 304,4 milhões, aumento de 1,33% na comparação anual, 9,99% abaixo do trimestre anterior e 4,94% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 320,2 milhões no 2 trimestre. Já o lucro líquido divulgado foi de R$ 160,5 milhões, 6,15% superior em relação ao mesmo período do ano passado, 17,01% abaixo do ultimo trimestre e 7,93% abaixo das expectativas, que totalizavam R$ 174,3 milhões. O aumento do lucro líquido com relação ao ano passado se deve a redução das despesas financeiras e as variações monetárias, que totalizaram R$ 24,9 milhões ante R$ 41,6 milhões na comparação anual, resultando em uma redução de 40,14%. O melhor desempenho financeiro se deve principalmente pela troca da dívida com a Eletrobrás, que era indexada por IGP-M + 10% ao ano, por debêntures, que são indexadas pelo CDI + 1,2% ao ano. O destaque positivo ficou para a distribuição de R$ 179,5 milhões em dividendos. Aprovada em 11 de agosto, o montante representa 111,8% do lucro líquido do segundo trimestre de 2011 e será distribuído na proporção R$ 0,45 por ação ordinária e R$ 0,49 por ação preferencial. O destaque negativo ficou para a retração da margem EBITDA, que ficou 1,40% abaixo das expectativas do mercado, mostrando uma ligeira queda na eficiência operacional da companhia. Em linhas gerais, o resultado apresentado veio marginalmente abaixo das expectativas do mercado, devendo ter um impacto ligeiramente negativo sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado, hoje para maiores informações.

Brasil Foods – A companhia divulgou ontem (11), após fechamento do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram marginalmente acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 6,29 bilhões, crescimento de 13,77% em relação ao mesmo período do ano passado, 4,55% acima do trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado, que totalizavam R$ 6342,3 milhões. O aumento de 17,2% da venda de produtos processados no mercado interno, somado a expansão de 9% das vendas para o mercado externo (Ásia, Europa e Oriente Médio), ambos com relação ao ano passado, contribuíram para o sólido crescimento do faturamento da companhia. Já o EBITDA ficou em R$ 786 milhões, 28,01% acima do mesmo período do ano passado, 3,68% abaixo do trimestre anterior e 4,86% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 749,6 milhões. O expressivo aumento do EBITDA na comparação anual ocorreu devido a redução das despesas operacionais com relação à receita líquida, que totalizaram 15,8% do faturamento líquido neste trimestre, frente a 17,2% no segundo trimestre de 2010, queda de 1,40 p.p. O lucro líquido divulgado foi de R$ 498 milhões, crescimento de 191,23% em relação ao ano passado e 30,03% acima do ultimo trimestre, superando as expectativas em 58,20%, que somavam R$ 314,7 milhões. Esta expansão do lucro líquido ocorreu devido à redução de despesas financeiras, que apresentaram queda de 63% na comparação anual, além das sinergias capturadas, que totalizaram R$ 88 milhões líquidos no 2T11. O destaque positivo ficou para o significativo aumento das margens líquidas na comparação anual e trimestral, beneficiado pela melhora da eficiência operacional, somado a redução de despesas financeiras e a captura de sinergias. A companhia ainda destacou que a relação dívida líquida/EBITDA totalizou 1,1x neste trimestre, frente a uma relação de 2,5x na comparação anual e de 1,3x com relação ao trimestre anterior. Os números apresentados vieram acima das expectativas do mercado, devendo ter um impacto positivo sobre as ações da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

Cyrela – A companhia divulgou ontem (11/08), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,38 bilhão, alta de 14,7% em relação ao mesmo período do ano passado, 15,2% acima do trimestre anterior, conseguindo superar as expectativas do mercado em 6,3%, que totalizavam R$ 1,3 bilhão. Tal crescimento foi influenciado pelo maior reconhecimento das receitas provenientes de vendas de imóveis residenciais que tiveram sua receita reconhecida no 2T11. Já o EBITDA ficou em R$ 141,0 milhões, registrando um valor 36,7% inferior ao 2T10 e 1,4% maior que o divulgado no 1T11, frustrando as estimativas do mercado em 20,7%, que totalizavam R$ 177,8 milhões.
A queda de 2,7 p.p do IGP-M no 1S11 frente aos seis primeiros meses de 2010 impactou no menor índice de recebíveis pela comparação anual frente ao 2T10, levando ao resultado financeiro da incorporadora a apresentar uma queda de 67,9% sobre o mesmo período de 2010. Em relação ao lucro líquido divulgado, a Cyrela atingiu R$ 96 milhões no segundo trimestre de 2011, registrando um resultado inferior no comparativo anual de 42,7% e um crescimento de 29,7% pela comparação trimestral, 11% abaixo das expectativas. O destaque positivo ficou para o forte crescimento dos lançamentos no trimestre, que atingiu R$ 1,654 bilhão, valor 46,7% superior ao mesmo período do ano de 2010 e 43,5% acima do trimestre passado, atingindo 34,9% do ponto médio do guidance para o ano de 2011. A companhia ainda destacou que os lançamentos do primeiro semestre de 2011 foram concentrados nos estados de SP, RJ e alguns estados do Sul do país, com o objetivo de aproveitar a estrutura e forte presença da incorporadora nessas regiões. Sobre as vendas contratadas, a Cyrela atingiu R$ 1,66 Bilhão, demonstrando uma expansão de 8,3% sobre o mesmo período de 2010 e forte crescimento de 67% sobre o total atingido no 1T11, alcançando 36,5% do ponto médio das metas da empresa para 2011. Em linhas gerais, os números apresentados vieram aquém das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginalmente negativo nos papéis da companhia no curto prazo, aguardaremos o conference call da Cyrela a ser realizado hoje (11/08) para maiores detalhes.

Gafisa – A Gafisa divulgou seu resultado operacional do 2T11, segundo a companhia o VGV lançado no semestre atingiu R$ 1,89 Bilhão, volume 11% maior que o alcançado no mesmo semestre do ano de 2010. Já no trimestre, a incorporadora atingiu um volume total de lançamento de R$ 1,38 Bilhão, valor 37% superior que o alcançado no mesmo período do ano anterior e forte aumento de 169% em relação ao 1T11. Do ponto de vista da diversificação geográfica da companhia, na comparação trimestral os lançamentos sofreram um aumento nos estados do RJ e SP, principalmente influenciados pela expansão dos lançamentos das unidades de negócios "Gafisa" e "Tenda", que permitiram a incorporadora alcançar 36% do ponto médio de sua projeção de lançamentos para 2011. Em relação às vendas contratadas, a companhia atingiu o montante de R$ 1,14 Bilhão, demonstrando um crescimento de 28,9% sobre o volume alcançado pela construtora no 2T10. Já pela comparação trimestral, esse volume também sofreu um forte crescimento de 76,03%, principalmente influenciados pela melhora do volume de vendas dos imóveis do segmento "Gafisa", que subiram 83,7% no período. Em relação à receita líquida, a Gafisa atingiu R$ 1,04 Bilhão, demonstrando um crescimento de 12,3% sobre o mesmo período do ano passado, 30,1% acima do trimestre anterior, conseguindo superar as expectativas do mercado em 7,1%, que totalizavam R$ 972,5 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 150,8 milhões, valor 18% inferior ao divulgado pela Gafisa no 2T10 e 41,6% acima do montante divulgado no 1T11, superando as expectativas do mercado em 9,6%, que totalizavam R$ 137,6 milhões. Sobre o lucro líquido divulgado, a companhia registrou no 2T11 um total de R$ 25,11 milhões, demonstrando uma redução de 74,2% pela comparação anual e um crescimento de 83,3% sobre a base trimestral, frustrando as estimativas do mercado em 42,6%.
A forte queda pela comparação anual refletiu o forte aumento dos custos terceirizados para a execução dos projetos vindos da "Tenda" e aumento dos gastos com novos estandes de vendas sobre o 2T10, que apresentou uma elevação de 159% no período. Em linhas gerais, acreditamos em um impacto neutro para os papéis da Gafisa.

Guararapes - Riachuelo – A companhia divulgou ontem, após fechamento do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 711 milhões, 19,3% acima do mesmo período do ano passado, 26,02% acima do trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 9,18%, que totalizavam R$ 651 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 170,1 milhões, crescimento de 38,52% em relação ao mesmo período do ano passado, 64,03% acima do trimestre anterior e ultrapassando as expectativas do mercado em 14,16%, que somavam R$ 149 milhões. O lucro líquido foi de R$ 100 milhões, crescimento de 71,23% em relação ao mesmo período do ano passado, 69,49% acima do 1T11, 21,29% acima das expectativas do mercado, que eram de R$ 82,5 milhões. Os destaques positivos ficaram para a melhora do resultado financeiro da empresa, já que houve uma redução de 69% das despesas com PDD, e para o aumento das margens EBITDA e líquida em mais de 3 pontos percentuais tanto na comparação anual quanto na trimestral. Em linhas gerais, os números apresentados vieram acima das expectativas do mercado, devendo impactar positivamente sobre as ações da companhia, aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

Gol Linhas Aéreas – A companhia divulgou hoje (12), antes do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, basicamente vieram aquém das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,56 bilhão, queda de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado, 17,38% menor que o trimestre anterior e 1,46% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,58 Bilhão. Já o EBITDA apresentou um prejuízo de R$ 180,1 milhões, forte queda de 230,8% em relação ao mesmo período do ano passado, 163,57% abaixo do trimestre anterior e frustrando fortemente as expectativas do mercado, que giravam em torno de R$ 38,5 milhões. Sobre o lucro líquido, a companhia aérea apresentou um prejuízo de R$ 358,7 milhões no trimestre, registrando um aumento do prejuízo em 230% pela comparação anual e revertendo o lucro apresentado no 1T11, somado a isso, o prejuízo divulgado foi mais forte que o esperado pelo mercado, que totalizavam R$ 76,8 milhões de prejuízo. A companhia ainda destacou que o aumento da competitividade do setor aéreo brasileiro aliado ao aumento dos preços de combustíveis, devolução de aeronaves e demais custos operacionais, impactou fortemente nos resultados do trimestre da companhia.
O destaque positivo ficou para o aumento do caixa da Gol, que somou R$ 2,06 milhões no trimestre, valor 30,1% acima do registrado no 2T10 e 11,9% maior que o alcançado no 1T11. Acreditamos em um impacto negativo para as ações da Gol em função dos resultados divulgados aquém das expectativas do mercado.

Rossi – A construtora divulgou ontem (11/08), após o fechamento do mercado, seus resultados do 2T11. Na comparação anual os resultados foram bastante positivos, sendo que os lançamentos aumentaram 73% em comparação com o 2T10 e as vendas contratadas sofreram um acréscimo de 26% frente ao mesmo trimestre do ano anterior. Já pela comparação trimestral o resultado também foi positivo, os lançamentos sofreram uma forte alta de 110% enquanto as vendas contratadas um crescimento de 10,6%. Em relação ao mix de vendas, o segmento econômico respondeu por 35% das vendas do trimestre, apresentando uma redução de 10 p.p frente ao 1T11, registrando no segmento comercial um aumento 12 p.p sobre o 1T11 em relação à distribuição de vendas da incorporadora. Em relação a receita líquida, a Rossi atingiu R$ 752,0 milhões, apresentando um crescimento de 15,87% frente à comparação trimestral e uma alta de 14,81% sobre o volume registrado no 2T10, frustrando levemente as expectativas do mercado em 1,4%, que totalizavam R$ 763,0 milhões. Já o EBITDA totalizou R$ 157,0 milhões, volume ligeiramente abaixo do mesmo período de 2010 e 18,94% maior que o alcançado no trimestre anterior, superando as estimativas do mercado em 7,61%. Ao que se refere ao lucro líquido anunciado pela incorporadora, a companhia atingiu R$ 85,0 milhões, queda de 13,57% sobre o 1T11 e uma alta de 8,97% pela comparação trimestral, frustrando as expectativas do mercado em 13,57%, que totalizavam R$ 98,4 milhões. Em linhas gerais, acreditamos em um impacto neutro para os papéis da construtora, aguardaremos a teleconferência de hoje (12/08) para maiores detalhes.

Tegma – A companhia divulgou na quinta-feira (11), após o fechamento do mercado, seus resultados operacionais referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 365,5 milhões, crescimento de 27,39% em relação ao mesmo período do ano passado, 18,72% acima do trimestre anterior e 5,59% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 346,1 milhões. Tal crescimento foi impactado pelo aumento do volume transportado e vendas com logística de peças, que aumentaram 8,0% e 30,4% respectivamente pela comparação anual. Já o EBITDA ficou em R$ 46,1 milhões, apresentando uma ligeira alta de 2,60% sobre o mesmo trimestre de 2010 e um valor 5,46% maior que o divulgado pela empresa no trimestre passado, frustrando as expectativas do mercado em 6,10%, que somavam R$ 49,1 milhões.
Sobre o lucro líquido, a Tegma atingiu R$ 20,2 milhões, queda de 25,80% pela comparação anual e uma leve alta de 0,61% sobre o valor divulgado no trimestre anterior, ficando aquém das expectativas do mercado em 25,1%, que totalizavam R$ 27 milhões. O destaque positivo ficou para a forte expansão do faturamento com bens de consumo, que foram beneficiados com a incorporação dos resultados da Direct, que apresentaram um crescimento de 290,5% no 1S11 frente ao mesmo semestre do ano passado, podendo-se destacar o forte aumento do faturamento para a logística de produtos eletrônicos, que subiu 1373,8 % pela comparação semestral. Acreditamos que os resultados divulgados pela Tegma vieram em abaixo das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginalmente negativo sobre os papéis da companhia.

Fonte: Um Investimentos

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