divulgados no front doméstico não foram suficientes para impedir que o
Ibovespa fechasse a última sessão em queda de 0,49%, aos 58.535
pontos, refletindo, na opinião do analista da Amaril Franklin, Eduardo
Machado, as incertezas no mercado externo.
Mesmo depois da negociação sobre o aumento do teto da dívida dos
Estados Unidos, anunciada na última sexta-feira (29), o mercado
aguardou pela aprovação da legislação, que só teve uma nova etapa
aprovada noite da última segunda-feira (1). Na ocasião, foi aprovada
pela Câmara o aumento do limite da dívida dos EUA em pelo menos US$
2,1 trilhões, além do corte de gastos federais na mesma proporção.
Apesar disso, uma nova etapa deve ser cumprida, com a aprovação da
medida pelo Senado, que deve ocorrer ainda nesta sessão.
Mesmo sendo aprovada, a medida pode não ser tão bem recebida no
mercado, principalmente pelas agências de classificação de risco, que
têm alertado o governo dos EUA sobre um possível corte de nota no
curto prazo. Para o analista, a aprovação do teto da dívida não
resolve, mas apenas protela o problema.
"Em um primeiro momento observamos que o presidente dos Estados
Unidos, Barack Obama, estava preocupado em elevar o teto da dívida
para conseguir pagar os compromissos até o final de 2011, que é um
ano eleitoral muito importante para ele, inclusive. Com isso,
acreditamos que o problema está sendo jogado para frente e não há nada
de positivos nisso", afirma.
Diante disso, a aprovação da medida não garante, para Machado, a
reversão da tendência de baixa observada na bolsa, o que deve fazer
com que a sessão ainda seja de grande volatilidade. "Não acredito que
a definição configurará uma reversão de tendência. Os Estados Unidos
aprovarem o pacote não se configura em um fato positivo, é apenas uma
obrigação que está sendo cumprida", afirma.
De olho nos balanços corportativos e indicadores
Entre as companhias que divulgarão os seus resultados trimestrais na
sessão, estão o Itaú Unibanco (ITUB4), Usiminas (USIM3,USIM5) e Porto
Seguro (PSSA3). Os investidores acompanharão ainda a agenda de
indicarores na sessão.
Por aqui, será divulgada a produção industrial pelo IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística), enquanto, nos Estados Unidos,
serão divulgados dados sobre gastos pessoais, renda pessoal e o núcleo
do índice de preços PCE. Na China, será divulgado, ainda, a sondagem
de serviços.
"Esses indicadores não são considerados centrais, como é o caso dos
dados sobre confiança do consumidor e atividade industrial. Por isso,
os indicadores são mais secundário neste pregão, sem potencial para
contribuir para o rumo o mercado" completa o analista.
Fonte: InfoMoney
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