16/08/2011

Fusão entre Nyse e Deutsche Boerse deve ser finalizada em dezembro

Ricardo Rego Monteiro   (rmonteiro@brasileconomico.com.br) | Correspondente do Brasil Econômico no Rio de Janeiro


O presidente da Bolsa de Nova York (Nyse, na sigla em inglês), Duncan Niedereur, confirmou para dezembro a conclusão das negociações para fusão do maior mercado de ações do mundo com a Bolsa de Frankfurt, na Alemanha.

Os entendimentos, revelou o executivo, encontram-se na fase de avaliação dos ativos que deverão ser descartados pelas duas bolsas, uma das condições prévias para autorização do negócio pelas autoridades regulatórias americana e européia. Niedereuer informou que, mesmo antes da conclusão, provavelmente em outubro, as duas bolsas deverão anunciar a nova marca que surgirá da fusão.

O presidente da Nyse participou na segunda-feira (15/8), no Rio, de encontro com representantes de empresas sediadas na capital fluminense, promovido pela Rio Negócios - a agência oficial de promoção de investimentos da cidade - e a Secretaria Municipal de Fazenda do Rio.

Na ocasião, revelou expectativa de atrair mais empresas brasileiras, principalmente de médio porte, para a bolsa americana. Niedereuer justificou a expectativa, ao afirmar que há espaço para a listagem de empresas desse porte na bolsa americana.

Com relação à fusão, o executivo justificou a exigência das autoridades regulatórias como naturais a qualquer processo de concentração. A preocupação se justifica, na avaliação de Niedereuer, pela necessidade de se evitar impactos sobre a criação de novos produtos, como derivativos, e tecnologias. Como consequência, o executivo admitiu a tendência de concentração das duas bolsas em torno de três ou quatro negócios.

"Esperamos não ter objeções e ter aprovações. Estamos muito otimistas de que poderemos fechar o negócio até o fim do ano", afirmou.

Niedereuer veio ao Brasil para cumprir uma agenda de encontros com empresários brasileiros, com objetivo de atrair companhias brasileiras para a Bolsa novaiorquina. Tal agenda se refletiu na plateia de executivos presentes à palestra promovida pela Rio Negócios.

Além de representantes da mineradora MMX, do empresário Eike Batista, também compareceram executivos da Embratel e dos laboratórios Dasa (Diagnósticos de América). Nos próximos meses, a Rio Negócios deverá organizar encontro de empresários brasileiros com autoridades americanas, nos Estados Unidos.

Durante a apresentação, o presidente da Nyse exaltou as facilidades atuais que permitem a globalização não só da produção das empresas, mas também das ações negociadas em bolsa. Diferentemente de dez anos atrás, lembrou, nunca foi tão fáci empreender uma estratégia corporativa global.

"As nossas melhores empresas estão se tornando globais. Isso é um fato. Estão investindo em todos os lugares."

O executivo também fez questão de exaltar o bom momento vivido pela cidade do Rio de Janeiro, ao lembrar que a agenda de eventos prevista para os próximos seis anos, que inclui Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, contribui para aumentar o intercâmbio da bolsa americana com empresas do país.

Das 29 empresas brasileiras listadas na Nyse, destacou Niedereur, duas das de maior movimentação têm sede no Rio - Vale e Petrobras.

 

 

 

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