16/08/2011

Destaques Bovespa - 16/08/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa registrou a quinta alta consecutiva, encerrando o primeiro pregão dessa semana em alta de 2,20% aos 54.651,83 pontos, acompanhando o tom otimista dos mercados internacionais, que operaram em alta durante grande parte do dia. O índice brasileiro atingiu 53.474,38 pontos na mínima e 54.967,63 pontos em sua máxima. O giro financeiro totalizou R$ 8,00 bilhões, inflado por R$ 2,36 bilhões devido ao vencimento de opções sobre ações.

Em um dia marcado pelo vencimento de opções, o Ibovespa acompanhou a alta dos mercados internacionais, que operaram com valorização apoiadas pelas expectativas da reunião da cúpula do euro marcada para amanhã. Já no mercado doméstico, a redução das projeções do IPCA trazidas pelo relatório Focus, contribuiu para que o índice brasileiro caminhasse na esteira do otimismo das principais bolsas internacionais.

As principais blue chips da bolsa, Vale PN e Petrobrás PN encerraram o dia com valorização de 1,76% e 3,40% respectivamente, acompanhando a forte alta das commodities no mercado internacional. Os contratos futuros de petróleo para setembro terminaram o dia com alta de 2,93%, enquanto o cobre encerrou o pregão com valorização de 0,6%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 11 de agosto, quinta-feira, R$ 65,85 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em forte alta de 3,79%. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros voltou ao terreno negativo, agora em déficit de 12,18 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 276,66 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 11 de agosto, R$ 57,10 milhões na Bovespa. Neste mês, o saldo está negativo em R$ 536,84 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 5,144 bilhões.

Mercados Hoje

Mercados externos em queda, liderados pelos dados decepcionantes da expansão do PIB da Alemanha, reacendendo preocupações com a crise de déficit na região, recuperação econômica dos países desenvolvidos e desaceleração da maior economia da zona do euro. Investidores acompanharão de perto a reunião entre Angela Merkel e Nicolas Sarkozy, que discutem por volta das 11h de Brasília, saídas para a crise de dívida da região. Pressões inflacionárias na China reacenderam as preocupações com aperto monetário no país, que prejudica mais o nosso mercado, devido à alta correlação com o país.

BR Brokers – A companhia divulgou ontem (15), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 99,2 milhões, alta de 16,55% em relação ao mesmo período do ano passado, 17,9% maior que o trimestre anterior, conseguindo superar as expectativas do mercado em 3,29%, que totalizavam R$ 96,1 milhões. O forte crescimento foi impactado principalmente pelo incremento de 72% no comparativo anual do VGV de lançamentos em exclusividade com Abyara Brokers e pelo bom desempenho das vendas no mercado primário e secundário da companhia, os quais demonstraram uma expansão de 44,4% frente ao 2T10, causando um aumento de 17% na receita gerada pelas comissões de corretagem no período. Já o EBITDA ficou em R$ 41,5 milhões, registrando um valor 20,46% superior ao 2T10 e 44,9% maior que o divulgado no 1T11, superando as estimativas do mercado em 3,39%, que totalizavam R$ 40,1 milhões. Em relação ao lucro líquido divulgado, a BR Brokers atingiu R$ 31,6 milhões no segundo trimestre de 2011, registrando um resultado superior no comparativo anual e trimestral de 43,6% e 70,7% respectivamente. Tal incremento foi causado pela forte receita financeira frente ao 2T10, que aumentou 3,2x frente ao mesmo período de 2010 e 41,1% em relação ao 1T11. Somado a isso, a elevação do faturamento com a intermediação de imóveis sobre as bases anuais e trimestrais impulsionaram o resultado da BR Brokers no 2T11. O destaque positivo ficou para a manutenção do endividamento da companhia, que atingiu R$ 13,1 milhões no 2T11, valor praticamente em linha com o divulgado no 1T11 após a aquisição da "Galvão Vendas" em dez/2010. Diante dos bons resultados operacionais apresentados no trimestre, acreditamos em um impacto positivo para os papéis da companhia.

JBS – A JBS divulgou ontem (15/08), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, basicamente, vieram aquém das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 14,6 bilhões, crescimento de 3,5% em relação ao mesmo período do ano passado, superando as expectativas em 0,8%. O aumento da demanda aliado à elevação dos preços médios dos produtos do frigorífico no 2T11 ajudaram a expandir o faturamento da JBS frente ao 2T10, enquanto a valorização cambial do real no trimestre pressionou levemente a receita da companhia no 2T11. Já o EBITDA totalizou R$ 587,7 milhões, forte queda de 41,2% pela comparação anual, 29,7% inferior ao alcançado no 1T11 e 29% aquém das estimativas do mercado, que totalizavam R$ 827,8 milhões. O fraco desempenho foi afetado pela queda das vendas da Pilgrim´s Pride e das unidades de carne bovina da companhia no 2T11, dos quais as vendas recuaram 83,4% e 20,6% respectivamente se comparado ao 1T11. Sobre o lucro líquido divulgado, a JBS registrou um prejuízo de R$ 180,8 milhões, valor 5x inferior ao atingido no 2T10 e 2x abaixo do trimestre anterior, contrariando as estimativas do mercado que esperavam um lucro de R$ 140,3 milhões. A reversão do lucro para o prejuízo foi causada principalmente pelo prejuízo gerado pelas unidades de frango da JBS, que registrou um prejuízo de US$ 128,1 milhões no período. O destaque negativo ficou para o aumento do endividamento do frigorífico que atingiu uma dívida líquida de R$ 9,8 bilhões, volume 4% abaixo do 2T10 e 6,4% acima do 1T11, encerrando o trimestre com um índice Dív.Líq/EBITDA de 3,2x. Acreditamos em um impacto marginalmente negativo para as ações da JBS, à medida que a companhia apresentou um fraco resultado operacional no 2T11 – porém não acreditamos e movimentos expressivos de queda dado as ações da companhia caíram 40,59% apenas em 2011.

Loas Renner – A companhia divulgou ontem (15), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram em linha com as expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 836,4 milhões, crescimento de 19,14% em relação ao mesmo período do ano passado, 39,69% acima do trimestre anterior (fatores sazonais), superando as expectativas do mercado em 6,08%, que totalizavam R$ 788,5 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 179,7 milhões, crescimento de 15,17% em relação ao mesmo período do ano passado, 110,88% acima do trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado, que eram de aproximadamente R$ 179 milhões. O lucro líquido divulgado foi de R$ 113,5 milhões, crescimento 24,83% em relação ao mesmo período do ano passado, 138,54% acima do ultimo trimestre, em linha com as expectativas do mercado, que somavam R$ 109,4 milhões. O destaque positivo ficou para o aumento da receita líquida em relação ao esperado, que segundo a companhia foi impulsionado pelo Dia das Mães e dos Namorados e pela boa aceitação das coleções de outono-inverno.

O destaque negativo ficou para a retração da margem EBITDA, a qual foi impactada pelo aumento dos custos operacionais em consequência da integração do Camicado e pelo plano de expansão da empresa. O resultado apresentado veio em linha às expectativas do mercado, devendo ter um impacto neutro sobre as ações das Lojas Renner, aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

Oi – A companhia divulgou ontem (15), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram marginalmente acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 7,077 bilhões, queda de 4,01% em relação ao mesmo período do ano passado, 2,08% acima do trimestre anterior e 2,47% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 7,256 bilhões. O aumento da receita ocorreu principalmente devido ao crescimento de 11,6% dos clientes em telefonia e a expansão de 7,8% dos usuários de banda larga. Já o EBITDA ficou R$ 2,476 bilhões, redução de 7,89% na comparação anual e crescimento de 24,74% em relação ao trimestre anterior, superando as expectativas do mercado em 5,54% que totalizavam R$ 2,346 bilhões. A redução da margem EBITDA de 1,5 pp na comparação anual se deve a menor receita líquida de telefonia fixa e ao aumento dos custos e despesas operacionais. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 354 milhões, queda de 13,66% em relação ao mesmo período do ano passado, 189,62% acima do ultimo trimestre, superando as expectativas em 39,10%, que totalizavam R$ 254,5 milhões. A redução do lucro líquido na comparação anual se deve ao aumento da carga tributária neste trimestre, que totalizou R$ 427,2 milhões. O destaque positivo ficou para a expansão da margem EBITDA, que veio 2,65 p.p acima das expectativas do mercado. A companhia ainda destacou que em 03/06/2011, seu Conselho de Administração aprovou a indicação do Sr. Francisco Valim para ocupar o cargo de Diretor Presidente da companhia a partir de agosto. Além disso, a empresa firmou um termo de compromisso com o Ministério das Comunicações e com a Anatel, se comprometendo a aderir ao Plano Nacional de Banda Larga, oferecendo banda larga popular de 1 Mbps por R$ 35,00 a partir do final de setembro, com o objetivo de alcançar 4.688 municípios até 2014. Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente acima das expectativas do mercado, devendo ter um impacto ligeiramente positivo sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje, para maiores detalhes.

Petrobrás – A companhia divulgou ontem (15/08), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, basicamente, vieram dentro das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 61,46 bilhões, crescimento de 14,61% em relação ao mesmo período do ano passado, 12,17% acima do trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 4,47%. Essa expansão foi causada principalmente pela elevação dos preços dos barris de petróleo exportados no trimestre e o aumento do volume e dos preços comercializados dos derivados da commodity no Brasil, como nafta, gasolina e diesel, dos quais apresentaram um aumento de 12%,10% e 9% respectivamente. Já o EBITDA ficou em R$ 16,1 bilhões, apresentando um leve aumento de 1,33% pela comparação anual, ligeira expansão de 0,2% sobre o trimestre anterior e frustrando as estimativas do mercado em 1,9%. A melhora do faturamento nas operações decorrentes de gás e energia, bem como serviços de distribuição, contribuiu para o leve aumento do EBITDA da estatal em relação ao 2T10 e o trimestre anterior. Em relação ao lucro líquido divulgado pela Petrobrás, a companhia atingiu R$ 10,4 bilhões no 2T11, demonstrando um forte crescimento nas bases anuais e praticamente estável sobre o 1T11, conseguindo superar as expectativas do mercado em 1,83%. O aumento do impacto cambial nos ganhos financeiros da Petrobrás, dos quais totalizaram R$ 2,8 bilhões no 2T11, volume 5x superior ao registrado no 2T10, aliado ao aumento das vendas de derivados no mercado interno que subiram 9,4% pela comparação anual, impactaram positivamente no resultado da empresa no período. O destaque negativo ficou para o aumento dos custos de extração em dólar, que atingiu US$ 13,12 no 2T11, principalmente afetado pelas intervenções nos campos de Marlim, Esparte e Albacora, registrando um valor 15,2% superior ao trimestre anterior. Além disso, no primeiro semestre de 2011, o nível de endividamento alcançou R$ 128,2 bilhões, volume 9% acima do registrado pela companhia no final de 2010, causando um aumento do índice Div.Líquida/EBITDA de 1,03 em dez/2010 para 1,07 em jun/2011. A companhia ainda destacou que não pretende realizar novas emissões de ações nos próximos anos, com o objetivo de manter o grau de investimento dado pelas principais agências de rating para a Petrobrás. Em linhas gerais, os números apresentados vieram dentro das expectativas do mercado, devendo ter um impacto neutro para os papéis da companhia, aguardaremos o conference call, a ser realizado amanhã (17/08) para maiores detalhes.

Randon – Segundo uma notícia divulgada no jornal "Valor Econômico", o braço de negócios da empresa de logística, "Randon Veículos", informou que assinou um contrato de venda de 18 caminhões que serão entregues em setembro a Odebrecht e serão utilizados na Usina Hidrelétrica de Teles Pires, localizada no Mato Grosso. A notícia é marginalmente positiva para as ações da Randon.

Fonte: Um Investimentos

Nenhum comentário: