03/08/2011

Governo reduz custos da indústria em R$ 25 bi

O governo lançou nesta terça-feira (2) um pacote de incentivos para a
indústria, Brasil Maior, que vai desonerar a produção em R$ 25 bilhões
no próximos dois anos. As medidas incluem a redução para da alíquota
de 20% do INSS de setores afetados pela queda do dólar, como
confecções, calçados, móveis e softwares.

Como contrapartida, as empresas pagarão uma contribuição sobre o
faturamento. A alíquota, discutida pela presidente Dilma Rousseff com
membros dos setores afetados, partirá de 1,5%. o Tesouro Nacional
arcará com a diferença para cobrir eventuais perdas de arrecadação da
Previdência, informou o governo.

O plano inclui devolução de impostos como PIS (Programa de Integração
Social) e Cofins (Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social) para exportadores de manufaturados. Além disso, os 116 maiores
exportadores do país terão atendimento acelerado dos pedidos de
ressarcimento. Esse montante chega a R$ 13 bi.

Outras mudanças são a criação de um fundo de financiamento à
exportação, um projeto piloto para desonerar a folha de pagamentos em
setores com mão de obra intensiva, além de um regime tributário
especial para o setor automotivo.

O governo também pretende elevar a taxa de investimento sobre o
Produto Interno Bruto (PIB) de 18,4% em 2010 para 22,4% ao final do
plano de política industrial.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
informou que quer reduzir o deficit de manufaturados na balança
comercial a 1,3% do PIB, também até 2014.
Queda do dólar é ruim para quem exporta

Quando o dólar está baixo, os produtos brasileiros ficam mais caros no
exterior, e as exportações caem. Por outro lado, as importações
aumentam, e os produtos brasileiros sofrem forte concorrência. Isso
prejudica as indústrias, o que pode causar demissões e até fechamento
de fábricas.

A alta dos preços dos produtos brasileiros no exterior dificulta as
exportações. Os estrangeiros têm de desembolsar mais dólares para
comprar o mesmo produto. Por exemplo, um carro de R$ 30 mil pode
custar mais ou menos dólares conforme o câmbio. Se o dólar valer R$
1,55, esse carro sai por US$ 19.355. Se o dólar estiver em R$ 2,50, o
mesmo carro sai por US$ 12 mil.

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada na
segunda-feira (1º) mostrou que quase metade das indústrias
exportadoras perdeu participação no mercado externo em 2010 e, entre
elas, um terço deixou de exportar. A sondagem foi feita com 1.569
empresas, entre 31 de março a 14 de abril.
Dólar baixo é bom para o consumidor brasileiro

Apesar de os empresários reclamarem do dólar baixo, também há lados
positivos com a situação.

Os consumidores podem comprar no Brasil produtos importados mais em
conta. Também fica mais barato viajar para fora do país.

*Com informações da Reuters

Fonte: Uol

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