01/08/2011

Vale vê aumento de compras pela China no 4º trimestre

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Vale continua apostando na
demanda da China e prevê incremento de vendas para o país asiático no
quarto trimestre deste ano, depois de uma prevista estabilidade no
terceiro trimestre, disseram executivos da mineradora em
teleconferência nesta sexta-feira para comentar o resultado divulgado
na véspera.

A empresa divulgou lucro recorde para um segundo trimestre, de R$ 10,3
bilhões, aumento de 55% em relação há um ano. O resultado no entanto
ficou um pouco abaixo das estimativas, o que puxou a queda das ações
da empresa nesta sexta-feira.

O presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou estar otimista com a
economia chinesa, que no segundo trimestre contribuiu com cerca de um
terço da receita da Vale, e disse que a inflação do país asiático será
decisiva no segundo semestre.

"A inflação na China é um elemento chave e cria uma certa preocupação,
eu acho que nós podemos ver alguma melhoria no segundo semestre do ano
e estamos absolutamente positivos sobre o futuro da China", afirmou
Ferreira.

Também presente na teleconferência, o diretor de Marketing, Vendas e
Estratégia da mineradora, José Carlos Martins, reforçou a previsão
positiva.

"Eu vejo uma situação estável no terceiro trimestre e a possibilidade
de algum incremento no último trimestre, isso é o que normalmente
acontece no mercado chinês, porque as pessoas tentam conseguir um
pouco mais de minério para enfrentar o inverno", explicou.

"Mas não vemos grandes mudanças no mercado no segundo semestre,
acredito que estaremos quase no mesmo nível que estivemos no primeiro
semestre", complementou.
JULHO BOM

Ao ser perguntado por um analista se no terceiro trimestre o preço de
realização do minério de ferro poderia subir cerca de US$ 7 por
tonelada sobre a média de US$ 145,30 a tonelada do segundo trimestre,
Martins afirmou que "é um cálculo razoável, limitou-se a dizer.

As chuvas, que prejudicaram os embarques no segundo trimestre
--decorrendo em menores volumes embarcado e piora da qualidade do
produto--, já ficaram para trás segundo os executivos da empresa, e
não vão afetar a meta de produção de 310 milhões de toneladas em 2011.

"Julho tem sido um mês muito bom, tivemos o final da temporada de
chuvas, então provavelmente tivemos um dos melhores meses de nossa
história, e com isso continuamos mantendo a nossa previsão para o ano,
de 310 milhões de toneladas (de minério de ferro)", informou o diretor
financeiro, Guilherme Cavalcanti.

Além do minério de ferro a empresa destacou o níquel como um dos focos
da sua atuação --assim como cobre, carvão e fertilizantes, onde quer
aumentar atuação--, e informou que no segundo semestre deste ano a
produção de níquel atingirá a capacidade plena.

"Basicamente terminamos a reconstrução do segundo forno em Subdury
(Canadá), o que significa que estaremos de volta, a plena produção...
Claro que você pode assumir que na segunda parte do ano estaremos
produzindo 100% em todas as operações (de níquel)", disse o diretor
executivo de Operações de Metais Básicos, Tito Martins.

Fonte: Uol

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