De São Paulo
15/08/2011
O interesse por investimento em ativos reais é crescente e já há clientes tomando empréstimos para investir em empresas ou comprar imóveis sem ter de se desfazer de parte de suas aplicações, principalmente nesse momento de baixa na bolsa. Na área de private banking do Santander, as operações de crédito aumentaram 70% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A linha que mais cresceu foi a de crédito imobiliário, que encerrou junho com avanço de 126% em 12 meses. "Com a taxa de juros básica a 12,5% ao ano, eles preferem deixar o dinheiro aplicado e tomar um empréstimos imobiliário para compra de imóveis pagando uma taxa de TR [1,2% ao ano] mais 9,5% ao ano", diz Maria Eugênia López, diretora do private banking do banco.
Com a queda do preço dos imóveis no exterior depois da crise financeira de 2008, principalmente nos Estados Unidos e Europa, muitos investidores têm aproveitado o momento para adquirir propriedades lá fora. "Teve um cliente, por exemplo, que comprou um prédio de uma grife em Paris", afirma Maria Eugênia. O private do banco atende clientes a partir de R$ 3 milhões em investimentos.
Diante do aumento da demanda por crédito, o BNP Paribas passou a oferecer linhas de financiamento em dólar e euro para seus clientes do private com juros de 2% a 3,5% pelo prazo de dois a cinco anos. "O investidor pode entregar a carteira de ações como garantia da operação e o banco fornece uma carta de crédito que permite tomar recursos na rede internacional, podendo internar o dinheiro no Brasil ou usá-lo no exterior", afirma Hiram Maisonnave, diretor vice-presidente do private banking do BNP Paribas Brasil. (SR)
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