11/08/2011

Destaques Bovespa - 11/08/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,48%, aos 51.395 pontos, contrariando os principais mercados internacionais, atingindo máxima de 52.163 pontos, mínima de 49.946 pontos e um forte giro financeiro de R$ 8,18 bilhões.
A sessão foi marcada pela alta volatilidade em função das incertezas do cenário macroeconômico global. O índice iniciou o pregão em baixa, ainda influenciado pelo recente rebaixamento do rating dos EUA. A bolsa brasileira reagiu durante a tarde, se descolando das bolsas internacionais, alternando entre o campo positivo e negativo, compensando parte das perdas nos últimos minutos da sessão. Esse descolamento entre os mercados ao longo do dia foi influenciado principalmente pelos dados da balança comercial Chinesa, mostrando que a economia Chinesa continua aquecida, influenciando positivamente as commodities.
As blue chips encerraram o dia em alta, acompanhando a valorização das commodities nos mercados internacionais. As ações ON e PN da Petrobrás fecharam com alta de 2,67% e 3,03%, respectivamente, beneficiadas pela queda dos estoques de petróleo dos Estados Unidos, enquanto os papéis ON e PN da Vale encerraram com valorização de 0,10% e 0,26%, respectivamente.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 08 de agosto, segunda-feira, R$ 281,03 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em forte queda de 8,09 %. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em R$ 101,36 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 390,21 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 08 de agosto, R$ 52,59 milhões na Bovespa. No mês de agosto, o saldo está negativo em R$ 409,27 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 5,017 bilhões.

Mercados Hoje

Mercado local continuará seguindo os mercados internacionais, que hoje amanheceram um pouco mais aliviados com a crise de déficit na Europa e com a norte-americana. Investidores locais buscam no mercado ações que estejam com múltiplos atrativos, como o Ibovespa foi um dos índices que mais sofreram esse ano essa garimpada não está sendo difícil de fazer. A alta volatilidade está e estará muito presente nos mercados, nas próximas sessões, por isso cautela e timing são cruciais.

Ambev – A companhia divulgou hoje (11) seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram dentro das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 5,811 bilhões, crescimento de 2,35% em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 11,44% em relação ao trimestre anterior (fatores sazonais) e 2,47% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 5,959 bilhões. Já o EBITDA ficou em R$ 2,579 bilhões, crescimento de 7,08% em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 16,76% em relação ao trimestre anterior e 2,22% abaixo das expectativas do mercado (em linha). O lucro líquido divulgado foi de R$ 1,832 bilhões, crescimento de 21,35% em relação ao mesmo período do ano passado (em grande parte explicado por uma carga tributária 18% menor na comparação anual), 12,26% abaixo do ultimo trimestre, superando as expectativas em 8,12%, que totalizavam R$ 1,695 bilhões. O destaque positivo ficou para a elevação das margens EBITDA e líquida na comparação anual, 1,96 e 4,94 pontos percentuais respectivamente. A companhia ainda destacou que "no Brasil, a indústria de bebidas foi fraca devido à base de comparação difícil com o volume do 2T10, que foi impulsionado pela Copa do Mundo da FIFA, e às condições climáticas não favoráveis em Maio e Junho. Nosso volume de cerveja caiu 2,6% no trimestre principalmente impactado pela perda de 160 pontos-base de market share em comparação com o ano anterior (apesar do aumento sequencial de 110 pontos-base desde Fevereiro deste ano), principalmente devido à maior diferença de preço em relação aos nossos competidores. Nosso volume de refrigerantes e não–alcoólicos cresceu 1,3% com um ganho de 10 pontos-base de market share." Em linhas gerais, os números apresentados foram bastante sólidos, porém totalmente em linha com as expectativas do mercado, devendo ter um impacto neutro sobre os ativos da companhia - aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

Copel – A empresa divulgou na quarta-feira (10/08) após o fechamento dos mercados, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,84 bilhão, valor 13,47% maior que o alcançado pela companhia no mesmo período do ano passado, 0,89% acima do reportado no trimestre anterior, superando as estimativas do mercado em 2,37%, que totalizavam um faturamento de R$ 1,79 bilhões. Tal crescimento foi influenciado pelo maior volume de vendas de gás ao setor industrial e a extinção das políticas de descontos tarifários na transmissão de energia elétrica, que aumentaram 9,3% e 24,8% respectivamente pela comparação anual. Já o EBITDA ficou em R$ 464,7 milhões, apresentando uma alta de 14,58% sobre o mesmo trimestre de 2010 e um valor 20,8% menor que o divulgado pela empresa no trimestre passado, frustrando as expectativas do mercado em 7,51%, que somavam R$ 502,4 milhões. O crescimento do EBITDA pela comparação anual foi impactado principalmente pelo aumento do faturamento nas receitas de "telecomunicações" de 23,7%, no qual foram impulsionados pelo aumento dos serviços prestados aos clientes já existentes. Já pela comparação trimestral, a queda do EBITDA foi afetado pelo aumento dos custos operacionais da companhia, refletindo a elevação dos insumos utilizados pela Copel na produção de gás e custos voltados para manutenção dos serviços de transmissão e distribuição de energia, do qual apresentaram um crescimento de 26,03% e 31,93% respectivamente. Em relação ao lucro líquido divulgado, a Copel registrou R$ 257,5 milhões no período, crescimento de 2,4% em comparação com o mesmo trimestre em 2010 e uma forte queda de 33% pela comparação trimestral. A queda no resultado financeiro de 66,7% , motivado pelo aumento dos encargos da dívida da empresa e dos débitos fiscais relacionados ao "Programa de Recuperação Fiscal" prejudicaram o desempenho da companhia frente o trimestre anterior. Em linhas gerais, os números apresentados vieram aquém das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginalmente negativo nos papéis da companhia.

Kroton – Segundo uma notícia divulgada no jornal "Valor Econômico", o presidente da companhia, Rodrigo Galindo, informou que pretende anunciar novas aquisições no segundo semestre de 2011. De acordo com o CEO, o foco da empresa serão instituições de ensino entre 3 mil a 7 mil alunos que estão localizadas principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país. A notícia é apenas de cunho informativo, não há nada definido até o presente momento, não devendo impactar nos preços das ações da Kroton.

LOG-IN – A empresa de logística anunciou ontem (11/08), por meio de um fato relevante, que encerrou o acordo de serviços de transportes ferroviários concordado com a empresa "Ferrovia Centro Atlântica (FCA)" em março de 2007. De acordo com a companhia, os direitos de comercialização serão transferidos para a Vale, controladora da FCA e detentora de 31% das ações da Log-In, mediante a um pagamento de R$ 37 milhões para a operadora previsto para 30 de setembro de 2011. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da companhia.

Lupatech – A companhia divulgou ontem (09), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram em linha com as expectativas do mercado – mais uma vez registrando prejuízo. A receita líquida foi de R$ 171,8 milhões, crescimento de 8,06% em relação ao mesmo período do ano passado e 24,96% em relação ao trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado, que giravam em torno de R$ 170 milhões.Já o EBITDA ficou em R$ 26,5 milhões, crescimento de 7,30% em relação ao mesmo período do ano passado, crescimento de 82,72% em relação ao trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 0,3% (em linha). O resultado líquido foi um prejuízo de R$ 3,8 milhões (vale a pena ressaltar que a carga tributária que incidiu neste trimestre foi de R$ 4,82 milhões), contra um prejuízo de R$ 14 milhões no ano anterior e R$ 8,9 milhões no trimestre passado, abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 0,5 milhões. A companhia ainda destacou que o "desempenho operacional no 2T11 apresentou recuperação em comparação ao 1T11, como 25,0% na Receita Líquida Consolidada, 65,2% no Lucro Bruto Consolidado e 74,6% no EBITDA Consolidado Ajustado, o que resultou em melhora de Margem EBITDA, atingindo 16,5% versus 11,8% no 1T11. O nosso melhor desempenho operacional no 2T11 confirma a tendência de recuperação da capacidade utilizada nos nossos negócios, principalmente no segmento Energy Products, em especial cabos de ancoragem e válvulas para plataformas de produção de petróleo e gás". Em linhas gerais, os números apresentados vieram em linha com as expectativas do mercado e não devem ser drivers para movimentos de expressividade - aguardaremos o conference call, a ser realizado amanhã (12) às 10h30min para maiores detalhes.

Multiplan – A companhia divulgou ontem (09), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 158,6 milhões crescimento de 10,89% em relação ao mesmo período do ano passado, 0,55% acima do trimestre anterior, porém frustrando levemente as expectativas do mercado, que totalizavam R$ 187,5 milhões. Tal crescimento foi impactado pelo repasse do aumento da inflação nos reajustes contratuais de locação nos shoppings da empresa, que somaram R$ 115,2 milhões no 2T11, valor 15% superior pela comparação anual. Além disso, as expansões dos parques de estacionamentos beneficiados com o crescimento no número de visitas nos estabelecimentos da Multiplan impulsionaram o faturamento desta linha de receita, que cresceu 22,8% em relação ao valor atingido no 2T10. Já o EBITDA totalizou R$ 107,14 milhões, montante 32,40% superior ao divulgado pela companhia na comparação anual, 4,18% maior que o 1T11 e 15,6% acima das expectativas do mercado. O aumento do EBITDA foi influenciado pela forte redução das despesas com novos projetos voltados para locação, motivadas pelo menor número de projetos em fase de lançamento. Em relação ao lucro líquido, a administradora de shoppings alcançou R$ 61,07 milhões, expansão de 17,04% sobre o mesmo período do ano anterior e 4,16% abaixo do atingido no trimestre passado, frustrando as estimativas do mercado em 2,13%. Esse resultado foi beneficiado principalmente pela queda nos custos operacionais da Multiplan, que recuaram 17,1% sobre o segundo trimestre de 2010. O destaque positivo ficou para a queda na taxa de desocupação dos shoppings da companhia, que recuou 0,3 p.p, favorecendo o aumento das vendas por m² da empresa, que saltou de R$ 3,3 mil no 2T10 para R$ 3,6 mil no final do 2T11, valor 10,1% superior pela comparação anual. Acreditamos em um impacto marginalmente positivo para as ações da companhia diante dos sólidos resultados apresentados pela Multiplan.

Petrobrás – De acordo com um artigo publicado no jornal "Valor Econômico", o diretor de abastecimento da estatal, Paulo Roberto Costa, prevê que o preço médio do barril de petróleo deverá alcançar entre US$ 100 a US$ 110 nos próximos dois a três anos. Além disso, segundo o executivo a previsão é de que o consumo mundial de petróleo deverá passar dos atuais 89 milhões de barris/dia para 110 milhões de barris/dia em 2020, mesmo levando-se em conta o baixo crescimento da economia mundial. A notícia é apenas de cunho informativo, não devendo impactar nos preços dos papéis da Estatal.

Eletropaulo – A companhia divulgou ontem, após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram marginalmente acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 2,39 bilhões, crescimento de 2,86% em relação ao mesmo período do ano passado, 1,35% inferior ao trimestre anterior e 0,68% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 2,40 bilhões. O aumento da receita na comparação anual ocorreu devido ao aumento de 3,1% do total de energia consumida, totalizando 11.246 GWh, influenciado positivamente pela expansão de 2,7% no mercado cativo da companhia. O EBITDA totalizou R$ 525,20 milhões, queda de 31,77% em relação ao mesmo período do ano passado, 4,35% abaixo do trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 5,28%, que somavam R$ 498,90 milhões. Tal redução da geração de caixa operacional foi impactada principalmente pelo aumento das despesas com materiais e serviços com terceiros, que totalizaram R$ 123 milhões no atual trimestre, representando um aumento de 23,12% com relação ao mesmo trimestre de 2010. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 255,40 milhões, queda de 47,43% em relação ao mesmo período do ano passado, 9,40% abaixo do ultimo trimestre e superando as expectativas em 12,30%, que totalizavam R$ 255,40 milhões. A queda com relação ao ano passado ocorreu devido a itens não recorrentes, como a venda da AES Eletropaulo Telecom para a Brasiliana no segundo trimestre de 2010. Caso essa venda não fosse considerada, o lucro líquido apresentaria aumento de 6,2% na comparação anual e o EBITDA, 4,2%. O destaque positivo ficou para a margem EBITDA, que ficou 1,24% acima do esperado. A companhia ainda destacou que pagará R$ 291 milhões em dividendos no dia 22 de setembro de 2011, sendo R$ 1,64 para a ON e R$ 1,80 para a PN. Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente acima das expectativas do mercado, devendo ter um impacto ligeiramente positivo sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

CPFL – A companhia divulgou ontem (10), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 3,04 bilhões, crescimento de 6,17% em relação ao mesmo período do ano passado, 0,73% superior ao trimestre anterior e 0,28% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 3,05 bilhões. O aumento da receita ocorreu devido aos reajustes tarifários das distribuidoras e ao aumento de 24% na receita bruta de clientes livres na comparação anual. O EBITDA totalizou R$ 815 milhões, 3,03% superior na comparação anual, 20,1% abaixo do último trimestre e 10,23% inferior as expectativas do mercado, que totalizaram R$ 908 milhões. Este resultado leva em conta despesas não recorrentes que totalizaram R$ 41 milhões. Caso tal resultado fosse desconsiderado, o EBITDA totalizaria R$ 877 milhões, 16,16% superior ao ano passado. E o lucro líquido divulgado foi de R$ 294 milhões, queda de 18,33% em relação ao mesmo período do ano passado, também devido a despesas não recorrentes. Caso esta despesa não fosse considerada, o lucro líquido totalizaria R$ 335 milhões, estável com relação ao ano anterior, 28,11% inferior ao trimestre passado e 8,7% abaixo das expectativas do mercado, que totalizaram R$ 367 milhões. O destaque positivo ficou para o anúncio de distribuição de dividendos referentes ao 1 semestre de 2011, no montante de R$ 748 milhões, equivalendo a R$ 0,77 por ação e a 100% do lucro líquido atribuído aos acionistas controladores no período. Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente abaixo das expectativas do mercado, devendo ter um impacto ligeiramente negativo sobre os ativos da companhia. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maio.

Fonte: Um Investimentos

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