18/08/2011

Destaques Bovespa - 18/08/2011

Mercados Ontem

A Ibovespa fechou o pregão na máxima do dia com alta de 1,38%, aos 55.073 pontos, mínima de 53.828 pontos e apresentando um forte giro financeiro de R$ 15,2 bilhões, inflado pelo vencimento do índice futuro.

O pregão foi marcado por forte volatilidade, alternando entre o campo positivo e negativo diversas vezes, influenciado pela divulgação de dados sobre a atividade econômica interna, que vieram abaixo das expectativas do mercado, e por números referentes à inflação dos EUA, que apresentaram ligeiro avanço.

As principais blue chips encerraram o pregão em alta, impulsionadas pelos preços das commodities no mercado internacional. As ações ON e PN da Petrobrás apresentaram alta de 0,35% e 0,53%, respectivamente. Enquanto as ações ON e PN da Vale registraram alta de 1,69% e 1,38%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 15 de agosto, segunda-feira, R$ 217,12 milhões na Bovespa, terceiro dia consecutivo de retiradas, quando o índice fechou em alta de 2,20%. No mês de agosto, o déficit de recursos estrangeiros foi ampliado para 254,57 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros permanecem no terreno positivo, agora com leve superávit de R$ 34,27 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 15 de agosto, R$ 44,34 milhões na Bovespa, voltando a retirar recursos após dois dias de ingressos. Neste mês, o saldo está negativo em R$ 490,09 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 5,097 bilhões.

Mercados Hoje

Investidores seguem preocupados com a evolução da economia mundial, após dois grandes bancos terem rebaixado suas projeções de crescimento global e também da China. A pressão nos mercados foi também influenciada pela declaração do ex-líder da Comissão Européia, Jacques Delors, de que o euro e a União Européia estão à beira do precipício. Assim a pressão nos mercados voltou mais forte hoje com os investidores aguardando também a divulgação da agenda norte-americana.

B2W – De acordo com notícia veiculada no Jornal Valor Econômico, a B2W terá de reeleger um novo conselheiro administrativo, após Carlos Eduardo Rugani Barcellos, conselheiro indicado pelo fundo GWI, que foi reeleito para uma vaga no conselho em assembleia realizada em abril, ter anunciado que não vai tomar posse do cargo. Barcellos é diretor da GWI Real Estate, grupo de gestão de investimentos comandado por Um Hak You, e optou por não tomar posse no novo mandato por causa da "definição de outros compromissos e prioridade". De acordo com o jornal, o GWI possuía cerca de 3,7% das ações da companhia, e passaram a vender as ações antes mesmo do movimento de saída do fundo sobre os ativos da Marfrig. Só neste ano, os papéis da B2W acumulam perdas superiores a 55%. A nova assembleia da companhia ficou marcada para o dia 31 de agosto e, conforme proposta da administração, deve ser indicado Paulo Antunes Vera, sócio fundador da Pixit e da Guidu (empresas especializadas em internet e negociações online). A B2W não atendeu a imprensa e deverá aproveitar a assembleia do dia 31 para rever o plano de opção de compra de ações. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Gerdau – Em um evento destinado a investidores realizado ontem (17/08) no Rio de Janeiro, o presidente da siderúrgica, André Gerdau Johannpeter, informou que não está interessado em adquirir participação no capital da Usiminas após estudar as possíveis sinergias criadas entre as operações da Usiminas e da Açominas, controlada da Gerdau. O executivo ainda afirmou que as projeções da companhia são de que o consumo de aço no Brasil se expanda cerca de 6% neste ano, enquanto a economia média deve se expandir cerca de 3,9%. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre os ativos da companhia.

Marcopolo – A companhia assinou um memorando de entendimento com o grupo russo OJSC Kamaz, maior empresa do ramo automobilístico do país, para a formação de uma joint-venture para voltar a vender caminhões na Rússia. A Marcopolo saiu do país após ter rompido em 2009 a parceria com a empresa local RuspromAuto. Na nova parceria, que entrará em vigor em setembro e será igualitária, a Marcopolo fornecerá as carrocerias – que serão importadas de uma das unidades produtivas da companhia – e a Kamaz fabricará os chassis. O objetivo da Marcopolo é futuramente voltar a produzir no mercado Russo, onde saiu após uma forte queda nas vendas desencadeada pela crise internacional. A companhia já possui parcerias na Argentina, México, Colômbia, Índia e Egito, e deve ter uma produção total de 30,2 mil unidades em 2011. José Rubens De la Rosa, diretor geral da Marcopolo, reviu a previsão da receita líquida da empresa deste ano de R$ 3,15 para R$ 3,25 bilhões, após o setor ter crescido 21,4% neste ano em relação ao mesmo período do ano passado. A notícia é positiva para as ações da companhia.

Petrobrás e São Martinho – O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, anunciou ontem (17/08) após o fechamento do pregão, a aprovação de um plano de investimento de R$ 520,7 milhões destinados para expandir a capacidade de moagem de cana-de-açúcar da usina Boa Vista (GO), dos atuais 2,35 milhões de toneladas por ano para 8 milhões de toneladas anuais. Segundo o comunicado, a unidade que pertence à empresa "Nova Fronteira Bioenergia", joint venture formada em 2010 entre o "Grupo São Martinho" e a "Petrobrás", se transformará na maior usina produtora de etanol de cana-de-açúcar do mundo, com uma capacidade de produção de 700 milhões de litros de etanol na safra 2014/15. De acordo com o presidente da São Martinho, Fábio Venturelli, cerca de R$ 400 milhões (77%) do plano de investimentos será financiado pelo BNDES, enquanto o restante do valor virá do desembolso de capital da própria companhia. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da São Martinho e Petrobrás.

Setor de Alimentos – Segundo um artigo vinculado ao jornal "Valor Econômico", as autoridades sanitárias da Rússia vetaram o embarque de três companhias brasileiras exportadoras de carne, devido à presença de bactérias nos alimentos exportados. As unidades que foram excluídas são: "Libra Terminais S.A (SP)", " Frigoestrela S.A (SP)" e "Diplomata S.A (SC)" ; os estabelecimentos citados não pertencem a nenhum dos frigoríficos de capital aberto. Somado a isso, a Rússia ameaçou a incluir outras três unidades na lista do embargo nos próximos meses, caso haja a reincidência de contaminação dos alimentos, sendo um estabelecimento desta lista pertencente à Marfrig. A notícia é marginalmente negativa para as empresas do setor.

Setor de Energia – De acordo com o jornal "Valor Econômico", o leilão A-3 realizado ontem (17/8), que prevê contratação da energia a ser oferecida daqui a 3 anos, registrou forte queda de preço do megawatt-hora (MWh) contratado, atingindo os menores valores históricos para térmicas a gás e eólicas. As térmicas a gás venderam 1,029 mil MW de potência em energia a um preço médio de R$ 103 MWh, com destaque positivo para a MPX e Petrobrás, únicas a terem seus projetos integralmente contratados e consideradas vencedoras entre as usinas termoelétricas. Já as produtoras de energia eólica venderam 1,068 mil MW de capacidade por R$ 99,58 MWh, queda de 14,8% com relação ao último leilão, com destaque positivo para a Renova, subsidiária da Light, que vendeu grande parte deste montante. No mesmo leilão, a hidrelétrica Jirau vendeu 209 MW, comprados a R$ 102 por MWh. A vitória foi considerada um avanço para a diversificação da matriz energética do país, que possui apenas 0,7% de geração eólica e 10,75% de térmicas a gás. A notícia é de cunho informativo, pois os efeitos já devem estar precificados sobre os ativos do setor.

Setor de Telecomunicações – Segundo o jornal "Folha de São Paulo", as operadoras de telefonia terão de apresentar planos de investimento extra ao governo, estimados em R$ 60 bilhões durante 10 anos, necessários para a instalação de novas redes de fibra ótica para suportar serviços de telefonia, internet e a recém-permitida TV a cabo. A cobrança do Estado se deve a abertura do mercado de TV a cabo para estas companhias, realizada nesta terça-feira (16/8). Em troca, as teles deveriam aderir ao Plano Nacional de Banda Larga e realizar os investimentos em infra-estrutura necessários, ajudando o governo na popularização da banda larga. A notícia é de cunho informativo, contudo, iremos aguardar maiores detalhes sobre o investimento.

Fonte: Um Investimentos

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