Direto ao ponto: sem fundamentos que afastem recessão, volatilidade é tema

SÃO PAULO - A ausência de referências econômicas no âmbito internacional levou o principal índice da bolsa paulista a terminar a última sessão estável, aos 52.440 pontos. O Ibovespa ficou ao sabor das bolsas externas, acompanhando o movimento positivo durante a manhã, quando subiu 2,11%, mas perdendo fôlego ao longo do dia.

Com poucos indicadores, os investidores voltaram suas atenções para a sexta-feira (26), quando acontece o simpósio de Jackson Hole, presidido por Ben Bernanke, autoridade máxima do Federal Reserve. A maior expectativa gira em torno do eventual anúncio de uma nova rodada de incentivos do governo, o QE3. "Esta é a esperança que fomentará o comportamento do mercado americano esta semana, naturalmente influenciando outros importantes centros mundiais", diz o economista Sidnei Nehme, da NGO Corretora de Câmbio.

Nehme mostra-se cético sobre possíveis soluções de curto e médio prazo para as economias norte-americana e europeia, considerando grande a probabilidade de passarem por um período de recessão. "A volatilidade estará sempre presente, já que não há fundamentos críveis para sustentar sinais de recuperação", afirma.

Agenda
Esta terça-feira (23) ainda não traz indicadores de grande força para mudar o rumo negativo das bolsas mundiais. No Brasil, serão divulgados o IPC-S da terceira quadrissemana de agosto e a nota à imprensa sobre o setor externo, emitida pelo Banco Central. Nos Estados Unidos, mais dados sobre a indústria, com a Sondagem Industrial do Fed Richmond e a confiança do consumidor, além das vendas de novas moradias.

Fonte: InfoMoney