SÃO PAULO – A fabricante de pisos e azulejos Portobello encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 2,087 milhões, o que representa uma redução de 71% frente aos R$ 7,152 milhões obtidos um ano antes.
O resultado foi prejudicado pelo aumento das despesas operacionais e pelo processo de reengenharia fabril de suas linhas de produção, o que levou a empresa a trabalhar com capacidade reduzida.
A receita líquida cresceu 17%, atingindo R$ 140,572 milhões, impulsionada pelo desempenho do mercado interno, que evoluiu 19%, para R$ 129,276 milhões. Já as exportações caíram 1%, para R$ 11,296 milhões.
As despesas comerciais aumentaram 37%, para R$ 25 milhões no trimestre em função do maior volume de vendas, do lançamento de novos produtos e, principalmente, devido a maiores despesas com logística.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 39% no período, para 13,301 milhões. A margem Ebitda recuou de 18% para 9%. Já a despesa financeira líquida recuou 26% no trimestre, para R$ 5,427 milhões.
A Portobello investiu R$ 2,618 milhões ao longo do segundo trimestre, em melhorias no processo fabril para ampliar a produtividade e na solução das deficiências na área de logística. De acordo com a empresa, os investimentos no segundo semestre serão concentrados em qualificação tecnológica e logística.
A dívida líquida da companhia somava R$ 285,013 milhões no final de junho, acima dos R$ 277,690 milhões de junho de 2010. A relação dívida líquida/Ebitda subiu de 3,7 para 4,0 vezes no período.
(Téo Takar | Valor)
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