01/08/2011

Proporção do crédito em relação ao PIB quase dobra entre 2003 e 2011

SÃO PAULO – A proporção do crédito do sistema financeiro praticamente dobrou em oito anos, passando de um peso no PIB (Produto Interno Bruto) de 24,6% em junho de 2003, para 47,2% em junho deste ano.

De acordo com os dados contidos na apresentação do balanço do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que foi divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Ministério do Planejamento, em valores nominais, em 2003, o crédito chegou a R$ 389 bilhões e, em 2011, atingiu R$ 1,834 trilhão.

Desonerações e onerações

Por outro lado, as desonerações líquidas ou incentivos fiscais concedidos ao setor produtivo atingiram R$ 77,1 bilhões, entre o período que vai de 2007 a 2011. Os anos que registraram os maiores volumes de incentivos foram 2009 e 2010, com R$ 27 bilhões e R$ 18 bilhões, respectivamente. Em 2011, as desonerações devem chegar a R$ 15 bilhões, segundo estimativas da Receita Federal.

Em relação as onerações, foi registrado entre 2007 e 2011 um montante de R$ 109 bilhões. As principais medidas de onerações tomadas no período foram o aumento da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e da CSLL (ContribuiçãoSocial sobre Lucro Líquido), o aumento da tributação do IOF na entrada de moedas, aumento da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre combustível e mudanças na tributação do setor de bebidas (com foco em PIS/Cofins).

Demanda doméstica

A demanda interna mantém o padrão de destaque, quando se trata de fatores que impulsionam o crescimento da economia. Em 2011, as previsões do Ministério da Fazenda apontam para um crescimento da economia da ordem de 4,5%, sendo que a demanda interna esperada é de 5,9%. Já a demanda externa líquida será negativa, recuando 1,4% neste ano.

Como medida de comparação, no ano passado, o crescimento do País foi de 7,5%, com uma demanda interna registrando alta de 10,3% e a externa recuando 2,9%. Já em 2002, o crescimento foi de 2,7%, com demanda interna e externa registrando alta de 2,5% e 0,2%, respectivamente.

Investimentos totais

Os investimentos totais continuam mostrando trajetória crescente, sendo que, segundo as estimativas do ministério da Fazenda, a FBKF (formação bruta de capital fixo), será de 19,5% em relação ao PIB em 2011 e, em 2002, foi de 16,4%. A expectativa é que, em 2015, o FBKF chegue a 23,2% do PIB.

Em relação ao PIB, o ministério estima que haverá uma média de crescimento de 5,1% entre 2011 e 2014, período imediatamente posterior ao PAC 2. Entre 2003 e 2010, a média de crescimento do PIB foi de 4%. Vale lembrar que o PAC 1 foi lançado em 2007.

Empregos

Em relação aos postos de trabalho, os dados apontam para a criação de 1,265 milhão de novos empregos de janeiro a junho deste ano. Entre 2003 e este ano, foram criados 16,6 milhões de empregos. O maior volume foi registrado em 2010, quando foram criados 2,8 milhões de postos de trabalho.

Fonte: Uol

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