01/08/2011

Destaques Bovespa - 01/08/2011

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 27 de julho, quarta-feira, R$ 210,64 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em queda de 1,77%. No mês de julho, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em 1,253 bilhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 142,61 milhões. Já os investidores Pessoa Física ingressaram, no dia 76 de julho, R$ 64,64 milhões na Bovespa. No mês de julho, o saldo está negativo em R$ 625,17 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 4,580 bilhões.

 

Mercado local deverá seguir o otimismo dos mercados mundiais, que operam em alta com o acordo firmado entre democratas e republicanos para elevar o teto da dívida dos EUA, assim como também reduzir os gastos públicos. Os dados do PMI chinês de julho que vieram acima do esperado, também ajudarão no otimismo local. Porém esse otimismo global não representa uma mudança de postura dos investidores, que ainda estão muito na defensiva em relação aos dados econômicos dos EUA, que estão decepcionando, receio em relação ao corte do rating dos EUA, mesmo com a aprovação da elevação do teto da dívida do país, e com a crise de déficit que assola a Europa. 


DASA – De acordo com a notícia veiculada ao jornal "Valor Econômico", o parecer do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), contrário à união da DASA e da MD1, apresenta inconsistências, logo, a operação não deve ser suspensa. O Cade apontou concentração de mercado superior a 50% no Rio de Janeiro e em São Paulo, no segmento de medicina diagnóstica. Entretanto, a receita da DASA e da MD1 na capital carioca em 2010 foi de R$ 150 milhões e R$ 450 milhões, respectivamente, somando 38% do mercado do Rio de Janeiro, que totaliza R$ 1,6 bilhão. Já em São Paulo, a MD1 possui apenas 5 unidades, quantidade que seria insignificante para uma mudança brusca de market share. De acordo com especialistas, a inconsistência se deve a inclusão dos laboratórios D´Or no grupo econômico da DASA/MD1, devido a participação de Edson Bueno, controlador da Amil, nestas empresas. Bueno possui participação minoritária de 8,8% na DASA/MD1 e também possui 10% da Medise, empresa que possui direitos sobre a marca D´Or. Entretanto, os laboratórios D´Or são controladas pela Fleury, principal concorrente da DASA, no mercado de medicina diagnóstica, o que torna inconsistente o argumento de monopólio sugerido pelo CADE. A notícia é positiva para os papéis da companhia, pois os principais guidances da DASA para 2011 estão balizados pela incorporação da MD1.

Magazine Luiza – A companhia informou na sexta-feira (29/07) após o fechamento do mercado que concluiu a incorporação dos pontos de venda do "Baú da Felicidade".  O acordo de R$ 83 milhões que havia sido anunciado no dia 13/06, permitiu à varejista a compra de 121 lojas da empresa do "Grupo Silvo Santos"  localizadas em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. A notícia é de cunho informativo não devendo impactar nos preços dos ativos, uma vez que já foi precificada pelo mercado.

Minerva – O frigorífico anunciou hoje (01/08) que pretende realizar uma OPA de aquisição de 29.212.283 bônus de subscrição atualmente negociados na bolsa brasileira com o código "BEEF11". De acordo com o comunicado, o leilão será realizado no dia 31/08/11, às 13hs com um preço de R$ 0,65 a cada bônus. Além disso, a companhia informou hoje (01/08) que concluiu a emissão de R$ 200 milhões em debêntures com vencimento em 2015 remunerados a 100% do CDI, sendo que o maior acionista da empresa, a VDQ Holdings, subscreveu 45% do montante ofertado. A notícia é marginalmente positiva para as ações, à medida que a operação minimiza a diluição dos atuais acionistas.

Tractebel – A companhia divulgou na sexta-feira, após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que basicamente, vieram em linha com as expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,057 bilhão, crescimento de 9,71% em relação ao mesmo período do ano passado,  3,49% acima do trimestre anterior e 0,40% abaixo das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,062 milhões. O crescimento na comparação histórica se deve ao aumento do preço médio dos contratos de energia, passando de R$ 108,82 MWh no 2T10 para R$121,30 MWh no 2T11. Já o EBITDA totalizou R$ 725,5 milhões, crescimento de 16,90% em relação ao mesmo período do ano passado,  4,77% superior na comparação trimestral e 2,10% acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 710,6 milhões. E o lucro líquido divulgado foi de R$358,8 milhões, crescimento de 32,15% na comparação anual, 16,87% acima do ultimo trimestre, superando as expectativas em 2,66%, que totalizavam R$ 349,5 milhões. O destaque positivo ficou para a margem EBITDA, que totalizou 68,6%, representando crescimento de 4,22 p.p na comparação anual, 0,83 p.p acima do mês anterior e 1,68 p.p acima das expectativas do mercado, devido à redução do custo de venda da energia em relação à receita líquida, que totalizou 42% neste trimestre, redução de 5,9 p.p na comparação anual. O destaque negativo ficou para a queda no volume de vendas de energia para 8.488 GWh (3.886 MW médios) no 2T11, redução de 1,2% na comparação anual. A companhia ainda destacou que o Conselho de Administração da Companhia aprovou a distribuição de dividendos intercalares no valor de R$ 658,0 milhões, que corresponde a R$ 1,0080763921 por ação e 100% do lucro líquido distribuível, apurado no primeiro semestre de 2011. Além disso, a Tractebel comunicou que em 16 de maio, a agência Fitch RAtings atribuiu rating internacional BBB- para a companhia e reafirmou o rating de longo prazo AA+, ambos com perspectiva estável. Em linhas gerais, os números apresentados vieram em linha com as expectativas do mercado. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.


Fonte: Um Investimentos

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