25/08/2011

Destaques Bovespa - 25/08/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa terminou o pregão perto da estabilidade, com valorização de 0,02%, aos 53.795.70 pontos, com máxima de 54.279,18 pontos, mínima de 52.992,81 pontos, com giro financeiro de R$ 5,58 bilhões, abaixo da média das últimas sessões.

A bolsa operou grande parte do dia no campo negativo, contrariando a alta das principais bolsas internacionais, que tiveram seus ânimos impulsionados pela divulgação de dados macroeconômicos norte-americanos melhores do que o esperado pelos investidores, e pelas expectativas de um novo pacote de estimulo para a economia (Q3). Além disso, o fraco desempenho do Ibovespa pode ser explicado pelo fluxo vendedor dos investidores estrangeiros, principalmente nos setores bancário e siderúrgico nacional.

As ações ON e PN da Petrobrás fecharam com alta de 0,45% e 0,35%, respectivamente, enquanto que as ações ON e PN da Vale apresentaram alta de 0,64% e 0,23%.
Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 22 de agosto, segunda-feira, R$ 116,17 milhões na Bovespa, oitavo dia consecutivo de retiradas, quando o índice fechou praticamente estável, em queda de 0,02%. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros atingiu R$ 868,23 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros aumentaram seu déficit para R$ 579,38 milhões. Já os investidores Pessoa Física voltaram a ingressar recursos na Bovespa. No dia 22 de agosto ingressaram R$ 126,56 milhões, terceiro dia consecutivo de ingressos. Neste mês, o déficit de investidores pessoa física diminuiu para R$ 49,82milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está em R$ 4,657 bilhões.

Mercados Hoje

Investidores continuam fazendo as suas apostas em relação ao discurso de Bernanke em Jackson Hole amanhã (26). Devido as recentes altas do mercado, investidores estão precificando um discurso positivo do presidente do FED, que deverá sinalizar apoio à economia norte-americana. Dados sobre a taxa de desemprego local, a ser divulgado antes da abertura dos mercados, assim como as notícias mais positivas na China, sobre o governo estar aumentando os gastos para evitar uma desaceleração econômica mais forte no país, poderão influenciar positivamente o nosso mercado.

Brasil Telecom/Oi – Segundo o jornal "Valor Econômico", o conselheiro de administração dos minoritários preferencialistas da Brasil Telecom, João Carlos de Almeida Gaspar, foi contra a proposta de relação de troca na reorganização societária da Brasil Telecom e apresentou manifestação de voto. No dia 24 de maio, a diretoria da Oi apresentou uma proposta de reorganização societária, para incorporar as ações da companhia com os papéis de suas controladoras indiretas, Tele Norte Leste Participações e a Telemar Norte Leste, e, para isso, criou comitês para negociar a relação de troca. Entretanto, de acordo com o conselheiro, os números apresentados pelos comitês apresentam divergências, o que prejudicaria os acionistas não controladores da Brasil Telecom. A notícia é marginalmente negativa para os papéis da companhia.

Iguatemi – De acordo com o jornal "Valor Econômico", o Conselho Administrativo da Iguatemi aprovou ontem (24/8) o programa de recompra de 600 mil ações ordinárias, que corresponde a 2,11% do free-float ou 0,76% do total de ações. A recompra será realizada pela Itaú Corretora e o Credit Suisse, e o prazo é de 365 dias. A notícia é positiva para os ativos da companhia.

Petrobrás – Segundo um artigo publicado no jornal "Estado de São Paulo", o presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, informou que um possível veto pelo congresso brasileiro da "Emenda Ibsen", proposta que aumenta a alíquota dos royalties do petróleo de 10% para 15% e propõe a distribuição dos recursos obtidos de forma igualitária entre os estados, provocará uma forte batalha judicial entre as empresas exploradoras da commodity no Brasil. De acordo com o executivo, a repartição igualitária dos royalties entre os estados produtores, seguindo as regras dos fundos constitucionais (FPM e FPE) pela União, não só traria impacto no custo do petróleo extraído das áreas não licitadas do pré-sal, como também alteraria os contratos vigentes dos atuais blocos já licitados pelo governo. Em virtude desse impasse político, o presidente da Comissão de Infraestrutura do Senado, Delcídio Amaral, informou ontem (24/08) durante uma audiência ao Senado, que espera pela aprovação de uma proposta voltada à distribuição dos royalties entre os estados produtores até 15 de setembro desse ano. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar nos preços das ações da Petrobrás. Porém, aguardaremos maiores detalhes da emenda a ser aprovada no próximo mês para avaliarmos melhores os impactos sobre as ações da companhia.

Setor de Mineração – De acordo com notícia vinculada ao jornal Folha de S. Paulo, o novo marco regulatório do setor de mineração deve instituir um modelo de licitação sobre a concessão de novas jazidas. O objetivo dessa medida seria ter um maior controle sobre a exploração de minérios estratégicos para a economia. As principais mudanças vão ser; a delimitação por parte do governo das áreas com potencial de exploração (antes eram as empresas que solicitavam diretamente o alvará); será aberta uma licitação para escolher a empresa quem fará a pesquisa, onde serão impostos valores mínimos de investimento e pagamento de taxas; limitação do prazo de pesquisa para 5 anos, sendo estes prorrogáveis por mais cinco; fomento por parte do governo dos investimentos em pesquisas; e o prazo da concessão, que será de no máximo 30 anos (anteriormente não havia prazos). Apesar de não ter sido ainda aprovado, a possibilidade de implementação deste modelo é marginalmente negativo para as empresas do setor, que terão maiores dispêndios de capitais e menores prazos para pesquisa e utilização das jazidas.

Fonte: Um Investimentos

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