04/08/2011

Direto ao ponto: falta de referências pode trazer instabilidade ao Ibovespa

SÃO PAULO - A queda abrupta do mercado interno na sessão da véspera,
quando o Ibovespa fechou com queda de 2,25%, a 56.017, atingindo no
intraday queda mínima de 3,60%, a 55.249 pontos - naquele momento a
menor pontuação desde agosto de 2009 -, dificultou a recuperação do
índice, mesmo diante da melhora no cenário externo, com as bolsas dos
EUA revertendo oito dias de quedas, fechando no campo positivo.

"A queda nas bolsas brasileiras foi efetivamente puxada por esse
momento de forte recuo. O descolamento ocorreu na primeira queda e
chegou a um ponto tão forte que a recuperação foi dificultada", afirma
o analista Jason Viera, da Apregoa.

Mercado externo baliza sessão
Segundo o analista, apesar de não ter sustentado a reversão, como
ocorreu nos Estados Unidos, o índice foi novamente influenciado por
noticiários a respeito da economia norte-americana com, mais uma vez,
os riscos de rebaixamento do rating do país sendo observados.

Além disso, apesar de a situação fiscal na Zona do Euro ter ficado em
segundo plano nos momentos decisivos sobre o aumento do teto da dívida
nos EUA, a questão continua a mesma por lá, o que contribui para a
cautela dos investidores.

"Está difícil avaliar a próxima sessão. Pode ser que fique uma
situação apática por conta da ausência de indicadores, o que pode
trazer volatilidade, depende muito de como os mercados vão reagir na
ausência de notícias mais concretas. Essa situação pode fazer com que
novamente a atenção se volte para a crise fiscal na Europa", afirma
Vieira.

Acompanhamento do mercado
Na sessão desta quarta-feira serão divulgados dados sobre pedido de
auxilio-desemprego nos Estados Unidos, taxas de juros na Zona do Euro,
enquanto, por aqui, são esperados dados do IPC (Índice de Preço ao
Consumidor), pela Fipe. Apesar de importantes, o analista afirma que
esses indicadores terão pouca influência no resultado do índice.
"Apesar de ser uma agenda de indicadores relevantes, os dados não
terão um potencial efetivo para mexer o mercado", analisa.

Os investidores ficarão atentos, ainda nessa sessão, aos resultados
corporativos referentes ao segundo trimestre de 2011 previstos para
serem divulgados neste dia: Odontoprev (ODPV3), Cremer (CREM3),
Multiplus (MULT3), B2W (BTOW3), Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau
(GOAU3), Fras-le (FRAS4), Grendene (GRND3), Fleury (FRLY3) e Lojas
Americanas (LAME4).

Fonte: InfoMoney

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