04/08/2011

O que fazer se a empresa em que você investe decidir fechar o capital?

SÃO PAULO – Qualquer companhia de capital aberto listada na Bolsa de Valores pode decidir fechar o capital por meio da chamada OPA (Oferta Pública de Aquisição). O caso mais recente aconteceu com o grupo UOL, que no dia 27 de julho anunciou que a Folhapar, acionista controladora do grupo, pretende comprar as ações em poder dos minoritários por meio de uma oferta pública.

De acordo com especialistas, quando a empresa decide fechar o capital, o ideal é que o acionista participe da oferta de encerramento e venda as suas ações para o grupo controlador.

"Não vale a pena para o pequeno investidor ser sócio de uma empresa de capital fechado", afirma o especialista da MoneyFit, André Massaro. "Depois que a empresa fecha o capital, o investidor não tem mais para quem vender aqueles papéis. Só para o controlador, mas, neste caso, precisará aceitar as condições que ele estabelecer", completa.

O especialista ressalta que, no caso da empresa fechar seu capital, o pequeno investidor que decidir permanecer com ações perde as garantias de governança corporativa que possuía quando os papéis eram negociados na Bolsa.

"A Empresa de capital aberto tem uma porção de regras de governança para proteger os acionistas minoritários, para impedir que pessoas sejam enganadas", diz Massaro. "Empresas de capital fechado não têm nada disso", continua.

Preço das ações
O diretor da Valore Investimentos Personalizados, Sérgio Quintella, ressalta que o valor das ações na oferta de aquisição é definido por uma consultoria isenta e costuma ser maior do que o preço atual dos papéis. "A empresa que faz a avaliação precisa ser o mais transparente possível", afirma Quintella.

Em junho deste ano, a Valefert, subsidiária da Vale que atua no segmento de fertilizantes, também anunciou uma oferta pública de aquisição.

De acordo com o comunicado da companhia, o preço por ação na OPA será de R$ 25,00, que significa um prêmio de 41% em relação ao preço médio das ações preferenciais (FFTL4) negociadas nos últimos 20 pregões da BM&FBovespa, contados até a divulgação da proposta, em 22 de junho.

No caso do UOL, o preço máximo a ser ofertado é de R$ 17 por ação. Os acionistas minoritários serão convocados a deliberar sobre a contratação de empresa especializada para elaborar o laudo de avaliação das ações.

Fonte: InfoMoney

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