26/08/2011

Investidores ficam apreensivos antes da fala de Bernanke e PIB

Micheli Rueda   (mrueda@brasileconomico.com.br)

 

Projeções apontam para um leve arrefecimento da economia americana, com o PIB passando de uma expansão de 1,3% para 1,1%

 

Nos holofotes do mercado financeiro, fala de Bernanke é aguardada com cautela pelos investidores do mundo inteiro.

Após uma semana de grande expectativa, Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), finalmente fará seu pronunciamento no simpósio de Jackson Hole nesta manhã, no qual espera-se alguma sinalização de estímulo monetário.

Analistas de mercado consideram que uma terceira rodada de afrouxamento quantitativo (quantitative easing 3, QE3) poderá ser anunciada.

Com as atenções voltadas à economia dos Estados Unidos, os índices futuros de Wall Street traçam trajetória negativa.

Contribui para o nervosismo a divulgação da segunda estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre do país.

Projeções apontam para um leve arrefecimento, com o PIB passando de uma expansão de 1,3% para 1,1%.

A agenda econômica traz também dados da confiança do consumidor americano. A estimativa é de melhora, com o indicador passando de 54,9 pontos em julho para 55,8 pontos em agosto.

A apreensão também é nítida no mercado europeu, onde as principais bolsas operam no vermelho.

Em Frankfurt, o índice DAX recuava 2,14%, para 5.464,52 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 depreciava 1,33%, a 3.077,67 pontos. E o índice Financial Times tinha queda de 0,85%, a 5.087,43 pontos.

Por lá, foi revelado que o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido desacelerou para 0,2% no segundo trimestre deste ano, ante expansão de 0,5% no trimestre imediatamente anterior.

O desempenho da economia britânica refletiu alguns eventos especiais que ocorreram no período, como o feriado público adicional em abril, referente ao casamento real; e os efeitos decorrentes do tsunami no Japão.

Por aqui, às 9h20 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro marcava alta de 0,20%, para 53.600 pontos. Na quinta-feira (24/8), o índice paulista recuou 1,57%, aos 52.953 pontos.

Os mercados asiáticos, por sua vez, tiveram um pregão misto. Enquanto a bolsa de Tóquio subiu 0,29%, os índices referenciais de Xangai e Hong Kong caíram 0,12% e 0,86%, respectivamente.

Indicadores econômicos

A Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que o Índice Nacional de Custo da Construção-M (INCC-M) desacelerou para 0,16% em agosto, ficando abaixo do resultado do mês anterior, de 0,59%.

Ainda hoje, o Banco Central (BC) divulga documento que traz informações sobre os resultados fiscais não financeiros do setor público.

 

 

 

Nenhum comentário: