Mercados Ontem
O Ibovespa terminou o pregão com baixa de 2,71 %, aos 54.998 pontos, com máxima de 56.520 pontos e mínima de 54.817 pontos, registrando um fraco giro financeiro de R$ 3,30 bilhões.
Em um pregão marcado pela fraca agenda doméstica e recesso nos mercados americanos, a bolsa brasileira acompanhou o pessimismo dos mercados internacionais e terminou a sessão com desvalorização. A divulgação do aumento da expectativa de inflação trazida pelo relatório focus para 2011 e 2012, juntamente com a queda nos índices de atividade industrial no mês de julho dos países da zona do euro e das expectativas quanto ao pronunciamento do presidente americano, Barack Obama, sobre novas medidas voltadas para estimular o mercado de trabalho norte-americano aguardado para quinta-feira, afetaram o ânimo dos investidores levando o Ibovespa para o campo negativo.
As principais blue chips brasileiras fecharam em baixa, acompanhando a queda das commodities nos mercados internacionais. As ações ON e PN da Petrobrás apresentaram uma desvalorização de 2,31% e 1,66 % respectivamente, enquanto os papéis ON e PNA da Vale, encerraram a sessão com perdas de 2,27 % e 1,,66%, respectivamente.
Fluxo Bovespa
Os investidores estrangeiros ingressaram no primeiro dia do mês de setembro, quinta-feira, R$ 571,81 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em alta de 2,87%. Já no acumulado do ano, após este ingresso, os investimentos estrangeiros voltaram ao terreno positivo, com superávit de R$ 461,34 milhões no início deste mês. Já os investidores Pessoa Física voltaram a retirar recursos na Bovespa. No dia 01 de setembro retiraram R$ 618,41 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física atingiu déficit de 5.853 bilhões.
Mercados Hoje
Mercado local deverá reagir mais aos mercados europeus do que os norte-americanos, já que esses ajustarão às quedas de ontem (05), já que estavam fechados devido ao feriado do Dia do Trabalho por lá. Um dos principais pontos de atenção hoje é com a agenda dos EUA, que tem como destaque o ISM de serviços, além das discussões no senado italiano sobre as medidas de austeridade propostas ao país, o uso de colaterais nos empréstimos gregos e mudanças na EFSF.
Abril Educação – Segundo uma notícia publicada no jornal "Valor Econômico", a empresa de educação informou que deverá lançar uma plataforma voltada para o ensino de idioma em parceria com a "Livemocha, site americano voltado para aprendizado de idiomas, nos próximos meses. Após a aquisição de 6% do capital social da empresa americana em julho/11 por US$ 2 milhões, a Abril Educação divulgou que irá atuar em escolas e empresas brasileiras com a nova ferramenta a fim de suprir as necessidades de ensino de idioma trazido pela Copa do Mundo (2014) e Jogos Olímpicos (2016) no país. A notícia é marginalmente positiva para as ações da companhia.
AES Tietê – De acordo com o jornal "Valor Econômico", o grupo AES, proprietário da AES Tietê e da AES Eletropaulo, pretende construir uma usina termelétrica em São Paulo por R$ 1,1 bilhão. A construção é uma resposta ao acordo firmado com o governo na época da privatização, na qual a companhia se comprometeu a ampliar o parque gerador em 15%, que corresponde a 400 megawatts. Segundo o presidente da AES do Brasil, Britaldo Soares, a térmica possuirá 500 megawatts de capacidade, superando a meta estipulada, e disponibilizará a energia em 2016, caso vença o leilão A-5 em dezembro. O presidente também afirmou que o grupo analisa outras oportunidades de investimentos em geração, como eólicas e hidrelétricas. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da companhia, dado que em 18/7/2011, o governo do Estado cogitou oficialmente em aplicar multa pelo não cumprimento do investimento, que poderia levar até ao cancelamento do contrato de privatização.
Pão de açúcar – A companhia divulgou ontem (05/09) após o fechamento do mercado, a conclusão do processo de conversão das bandeiras "Compre-Bem" e "Sendas" para "Extra" e "Pão de Açúcar" situadas em 221 lojas localizadas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará. Em relação aos investimentos utilizados para a modernização das lojas e a conversão das bandeiras, a estratégia adotada pela empresa faz parte de seu plano de investimentos anunciado há 18 meses de aproximadamente R$ 230 milhões, destinados para a remodelação nas seções de produtos de cada bandeira (ex: frutas, congelados e carnes), além da adequação do processo de conversão das marcas. A notícia é marginalmente positiva para as ações do Pão de Açúcar, porém acreditamos que as informações já se encontram devidamente precificadas nos papéis da companhia.
Setor Financeiro – De acordo com um levantamento realizado pela "SPC Brasil" (Serviço de Proteção ao Crédito) do qual o jornal "Valor Econômico" obteve acesso, o índice de inadimplência do consumidor registrou um aumento anual de 6,37% em agosto, enquanto que no acumulado de 2011, o índice de inadimplência registrou um crescimento acumulado de 5,14%. Segundo o mesmo relatório, em relação às vendas a prazo no Brasil, a comercialização dos produtos por meio dessa via de negociação cresceu 6,36% em agosto se comparado com mês de julho, alcançando um aumento de 5,72% no acumulado do ano. A notícia é marginalmente negativa para as empresas do segmento de capital aberto.
Setor de Telecomunicações – Segundo o jornal "Valor Econômico", o mercado de telecomunicações encerrou o primeiro semestre com 18,3 milhões de novos acessos, expansão de 15,8% com relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 247,7 milhões de clientes. As informações são da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) e são de cunho informativo.
Telefonica – Em notícia veiculada ao jornal "Valor Econômico", a Telefônica, controladora da Telesp, anunciou ontem (5) uma reorganização estrutural da companhia, com a criação da Telefonica Digital e a diminuição da importância do mercado espanhol. A nova unidade de negócios, Telefonica Digital, pretende focar em serviços de tecnologia e no mercado digital, como serviços de vídeo, entretenimento, comunicação máquina a máquina e aplicações móveis em saúde, finanças e publicidade, além de promover a inovação, englobando também o portal Terra (provedor de Internet), a rede social Tuenti, a Media Networks e as áreas de novos negócios e de pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a Telefónica da Espanha será absorvida pela Telefónica Europa, deixando de existir como unidade independente, e a América Latina, unidade que ganhou relevância nos últimos anos, dividirá a atenção do grupo com a Europa. A notícia é de cunho informativo e não deve impactar nos ativos da companhia no Brasil, contudo, iremos acompanhar a reestruturação para maiores informações.
Vale – De acordo com matéria apurada pelo Jornal O Estado de S.Paulo, a Vale estaria mudando sua estratégia com relação aos investimentos em frota naval; a companhia agora considera a venda ou arrendamento dos 19 supercargueiros encomendados pela antiga gestão, dentro de um pacote de investimentos de US$ 2,348 bilhões para o segmento. De acordo com fontes, com a saída de Roger Agnelli, que encomendou a frota com o objetivo de garantir competitividade da empresa no transporte do minério de ferro, a diretoria da companhia adotou a visão de que a mesma só precisa garantir que o custo do frete não dispare (não deseja atuar no segmento de transporte marítimo) e, portanto, só necessita de parceiros que assumam os investimentos e garantam a estabilidade de preços com contratos de longo prazo. A preocupação da companhia se deve a uma possível disparada no preço do frete, como a que ocorreu em 2008, onde o frete médio foi superior a US$ 50 por tonelada, chegando a US$ 105 no pico (em 2011 o preço médio do frete ficou abaixo dos US$ 30). Ainda não está claro se a Vale receberá sanções/multas dos fabricantes dos cargueiros por estarem negociando os mesmos antes da entrega, que será realizada em 2013. Há fontes que ponderam questões políticas e até especulam que a estatal chinesa Cosco estaria envolvida no processo. A notícia, caso se concretize (que a Vale consiga vender os navios sem multa e ainda garantir um contrato de longo prazo), é positiva para as ações da companhia dado que o caixa será inflado e as margens deste business são inferiores as margens operacionais da companhia.
Fonte: Um Investimentos
Nenhum comentário:
Postar um comentário