28/09/2011

Cide menor tem efeito neutro em Petrobras, dizem analistas

Brasil Econômico   (redacao@brasileconomico.com.br)

 

Governo quer evitar um aumento do preço da gasolina, em meio a uma redução da mistura de etanol anidro no combustível

 

A equipe de analistas da Itaú Corretora considera que a redução de alíquota da Cide reduz a possibilidade de um aumento nos preços da gasolina cobrados pela Petrobras em suas refinarias.

Em relatório, a dupla de analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes explica que a mudança na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) não tem impacto para as refinarias da Petrobras, mas sim no preço bruto da gasolina para as empresas distribuidoras.

"O preço da gasolina na saída da refinaria permanece estável, em R$ 1,05 o litro, líquido de taxas", informa a equipe da Itaú Corretora.

Na visão deles, programar uma alteração na Cide representa uma espécie de "para-choque" do governo para evitar o repasse da volatilidade internacional das cotações do óleo para os preços domésticos.

Nesse caso, porém, a Cide passando de R$ 230 para R$ 192,60 por metro cúbico poderá ofuscar a menor mistura de etanol na gasolina de 20% para 25% a partir de outubro, blindando o efeito de combustíveis mais caros aos consumidores na bomba.

De qualquer maneira, segundo os analistas, nos níveis atuais e assumindo uma taxa de câmbio de R$ 1,80, os preços da gasolina no país estão com um desconto de 10% sobre as cotações nos Estados Unidos.

Um reajuste para cima nos preços da gasolina nas refinarias tem sido uma demanda constante das análises sobre a evolução das ações da estatal petrolífera na bolsa.

"Acreditamos que o corte na Cide para ofuscar os preços elevados do etanol reduz a possibilidade de um aumento nos preços da gasolina nas refinarias temporariamente, o que achamos ser potencialmente negativo para a Petrobras", afirma a Itaú Corretora em relatório.

Os analistas mantêm a recomendação de "market-perform" (em linha com o mercado) para a ação da Petrobras, atribuindo um preço-alvo em 12 meses de R$ 28,9 por ação.

 

 

 

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