27/09/2011

Galeazzi: "Abilio Diniz errou ao não ter dialogado mais"

Natália Flach   (nflach@brasileconomico.com.br)

 

Galeazzi: negócio tinha condições de andar sozinho sem apoio do BNDES

 

Segundo o sócio do BTG, operação frustrada entre Pão de Açúcar e Carrefour contava com apoio de US$ 1 bi de fundo do Catar.

O motivo do negócio entre Pão de Açúcar e Carrefour ter ficado só no papel não foi quebra de contrato por parte do presidente do conselho da varejista Abilio Diniz.

Pelo menos na avaliação de Cláudio Galeazzi, sócio do BTG Pactual, banco articulador do plano de unir as duas varejistas, houve erro de comunicação.

"Abilio não violou acordo. Errou ao não ter dialogado mais", disse nesta segunda-feira (26/9) em referência ao parceiro francês do Pão de Açúcar, o presidente-executivo do Casino, Jean-Charles Naouri.

Segundo Galeazzi, durante os encontros com investidores, os acionistas minoritários do Pão de Açúcar acharam "excepcional" a proposta.

O fundo soberano do Catar, por exemplo, estava disposto a investir US$ 1 bilhão na operação, revelou o executivo.

"Somando isso com investidores dos Estados Unidos e Inglaterra teríamos mais que o suficiente para substituir todo e qualquer investimento proposto pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)."

Para Galeazzi, houve uma reação exagerada por parte da mídia e por formadores de opinião sobre a entrada do BNDES no negócio. "Na verdade, o que faltou foi conhecimento dessas pessoas sobre a operação".

Segundo Galeazzi, Naouri teve uma postura muito enfática, mesmo a par da situação. "A posição dele era válida, era de que o Carrefour seria adquirido aos pedaços".

 

 

 

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