12/09/2011

Destaques Bovespa - 12/09/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa encerrou o dia com desvalorização de 3,20%, aos 55.778 pontos, com máxima de 57.614 pontos, mínima de 55.527 pontos e giro financeiro de R$ 5,30 bilhões.

Mesmo após a divulgação de um pacote econômico para o mercado de trabalho norte-americano na noite de ontem (8) pelo presidente Barack Obama, o mercado nacional não reagiu e já iniciou a sessão em baixa, influenciado também pela declaração do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, que revisou para baixo a projeção de crescimento do Brasil em 2011. Além disso, o anúncio da saída de Juergen Stark, membro da diretoria executiva do BCE, no final do ano, pesou na bolsa local, que junto com os receios sobre um default eminente da dívida grega, fizeram o índice encerrar a semana no campo negativo.

As blue chips brasileiras encerraram o dia em baixa. A Petrobrás ON e PN encerrarou o dia com desvalorização de 3,38% e 2,47%, respectivamente, enquanto que a Vale ON e PN fechou com queda de 1,54% e 1,16%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 06 de setembro, terça-feira, R$ 355,63 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em alta de 2,93%. Neste mês, o superávit dos investimentos estrangeiros diminuiu para R$116,76 milhões na Bovespa. Já no acumulado do ano, após esta retirada, os investimentos estrangeiros apresentam superávit de R$ 6,30 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram R$ 28,50 milhões na Bovespa no dia 06 de setembro. No mês de setembro, o déficit dos investimentos de pessoas físicas aumentou para R$ 473,80 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa apresenta déficit de 5.709 bilhões.

Mercados Hoje

Mercado local, assim os mercados internacionais, deverá reagir negativamente às desconfianças com a capacidade da Grécia honrar os pagamentos da sua dívida pública. O receio de que o país não receba as novas tranches de empréstimos da União Européia e FMI, por conta de ainda não ter conseguido se ajustar às exigências para continuar recebendo essas ajudas, pesa sobre o sentimento dos investidores.

AES Tietê – De acordo com o jornal "Valor Econômico", a AES Tietê está adotando a nova norma britânica de gestão de ativos, PAS55, em suas operações. A norma consiste em um programa com 28 guidances criado em 2004 e utilizado por empresas de infraestrutura, com o objetivo de otimizar a utilização dos equipamentos e melhorar os processos de manutenção. A notícia é de cunho informativo e não deve impactar sobre os preços dos ativos.

Banco ABC Brasil – A companhia anunciou na sexta-feira (09), após o fechamento do mercado, que o seu conselho de administração aprovou um programa de recompra de ações com duração de um ano no volume de até 3.803.483 milhões de papéis preferenciais, valor que corresponde a 8,27% das ações PN em circulação da companhia. A empresa ainda não divulgou o preço unitário ofertado pela aquisição das ações e o total de recursos destinados ao programa. A notícia é positiva para as ações do Banco ABC Brasil, uma vez que sinalizam a confiança da empresa na rentabilidade futura de seus projetos e a atratividades dos preços atuais de suas ações.

Banco Do Brasil – Segundo uma informação apurada pelo jornal "Valor Econômico", o Banco do Brasil terá um prazo de até 15 dias para apresentar a sua defesa contra a determinação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) de vetar a cláusula de exclusividade dos contratos de concessão de empréstimos consignados da instituição financeira. Acreditamos que a notícia seja de cunho informativo, não devendo impactar nos preços das ações da companhia.

BR Foods – De acordo com Antônio Prado Fay, a BR Foods poderá recorrer a uma troca de ativos para realizar a alienação das unidades e marcas previstas no acordo com o Cade. De acordo com o executivo, não há restrições em aquisições no exterior ou em setores diferentes aos ponderados pelo Cade. Porém, a empresa descarta acertos na área de bovinos, o que tiraria da lista JBS, Minerva e Marfrig, principais empresas locais interessadas nos ativos da BR Foods. A Tyson Foods ganha força com isso, dado que a empresa é líder em carne de frango nos EUA. De acordo com o executivo, "a internacionalização já era uma estratégia central da companhia e agora mais que nunca". O Cade impôs a BR Foods a venda do bloco de ativos e a suspensão das marcas Perdigão (algumas categorias) e Batavo, de 3 a 5 anos e de 4 anos respectivamente. O faturamento advindo desses ativos seria de aproximadamente R$ 2,9 bilhões e deverá ser alienado durante o primeiro semestre de 2012. A notícia é positiva para BR Foods, que consegue desta forma contornar parte dos efeitos negativos da decisão do Cade e ainda atuar alinhada com a estratégia previamente traçada pelo grupo.

Oi – Segundo o jornal "Valor Econômico", a Brasil Telecom captou R$ 1,1 bilhão em títulos de cinco anos denominado em reais. A idéia inicial era a captar recursos por sete anos, mas, de acordo com uma fonte da empresa, o mercado não estava receptivo. O retorno para o investidor no lançamento foi de 9,875% ao ano, com cupom de 9,75% ao ano e preço equivalente a 99,516% do valor de face, conseguindo uma das menores taxas em reais. Os recursos foram obtidos principalmente com investidores estrangeiros do Chile, Colômbia, Estados Unidos e Europa e a operação foi feita pelo Bank Of America Merril Linch, Citi, HSBC, Deustche, Morgan Stanley e Itaú BBA. A notícia é de cunho informativo e não deve impactar sobre os preços dos ativos.

Pão de Açúcar – De acordo com Enéas Pestana, presidente do Grupo Pão de Açúcar, em entrevista prestada na ultima sexta-feira (09), a companhia ira reorganizar sua rede de drogarias, focando mais na parte de perfumaria, haverá o lançamento de 60 novas lojas de atacado Assaí nos próximos 3 anos e o grupo deve alterar o nome das lojas Extra Fácil, substituindo do nome o "Fácil". Além disso, o executivo confirmou a elaboração de um estudo envolvendo a fusão do grupo com o Carrefour e o cenário do mesmo se fundir com o Wallmart e Cencosud. De acordo com Pestana, "isso foi feito porque fazemos análises de diversas situações de mercado e olhamos para tudo que está acontecendo". A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar no preço dos ativos.

Sabesp – Segundo o jornal "O Estado de São Paulo", na última sexta-feira (9), as tarifas dos serviços de água e esgoto nos municípios do Estado de São Paulo atendidos pela Sabesp passaram por um reajuste de 6,83%, valor um pouco inferior à inflação acumulada entre julho de 2010 a junho de 2011, que totalizou 6,87%. A Sabesp atende, atualmente, 364 cidades no Estado de São Paulo, fornecendo água para 23,8 milhões de pessoas e prestando serviço de esgoto para 20,2 milhões de habitantes. A notícia é marginalmente negativa para as ações da companhia, dado que o reajuste é levemente inferior à inflação.

Setor de Concessão Rodoviária – De acordo com uma notícia publicada pelo jornal "Valor Econômico", a companhia de Serviços e Tecnologia de Pagamentos (STP), atual detentora dos sistemas "Sem Parar" e "Via Fácil" e que possui como seus principais acionistas as empresas CCR (38,25%), CCBR Catel (35%), GSMP (9,32%), OHL Brasil (4,68%) e Ecorodovias (12,75%), não deverá continuar como a única empresa a operar no sistema de cobrança eletrônica no estado de São Paulo. Segundo um comunicado enviado pela Secretaria de Logística e Transportes de São Paulo na última sexta-feira (09/09). A companhia "DB Trans" foi autorizada a iniciar suas operações no segmento de cobrança de pedágio, do qual irá atuar através de sistemas eletrônicos pré-pagos voltados para a cobrança eletrônica dos pedágios, cuja mensalidade será de R$ 6,00, valor 49,5% inferior ao preço praticado atualmente. Além disso, de acordo com a empresa responsável pela regulamentação do setor, a "Artesp", serão realizadas nos próximos meses novas rodadas de negociações com as atuais operadoras do mercado para estabelecer novas regras para a entrada da "DB Trans" no segmento rodoviário. A notícia é negativa para as empresas do setor com capital aberto, porém aguardaremos maiores detalhes a respeito do andamento das negociações para avaliarmos melhor os impactos sobre as operações das companhias.

Fonte: Um Investimentos

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