06/09/2011

Mantega classifica crise de "preocupante" em reunião com Dilma

BRASÍLIA, 5 de setembro (Reuters) - Em reunião com a presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou "preocupante" o cenário econômico internacional, mas reiterou que o Brasil está preparado para enfrentar a crise, informou a Presidência da República.

A exposição de Mantega ocorreu durante reunião de coordenação política, liderada por Dilma, e que reuniu ministros e líderes do governo no Palácio do Planalto.

No encontro, no qual Mantega habitualmente apresenta um balanço da economia mundial, o ministro teria expressado que o cenário é "preocupante", mas reafirmou que o "Brasil está sólido e preparado para enfrentar as adversidades da crise".

Mantega teria citado ainda fala da diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, sobre a iminência de uma recessão global.

De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), o panorama descrito na reunião é de que os problemas econômicos devem aumentar, mas devem ser enfrentados de maneira "firme" pelo país.

"A expectativa é de aprofundamento da crise internacional e a expectativa para o Brasil é de o Brasil reagir de maneira firme a essa crise, aproveitando inclusive a crise como um momento de grande possibilidade de nós melhorarmos a nossa economia", disse o líder a jornalistas.

Vaccarezza disse que o ministro da Fazenda ou a presidente não fizeram um apelo durante a reunião para que o Congresso não aprove novos gastos, mas reiterou que este é um tema "consolidado" e que o governo não quer "fazer nenhum gasto que comprometa a administração do país".

No início do ano, o governo já havia promovido um corte de R$ 50 bilhões, medida fiscal com o objetivo de reduzir pressões inflacionárias.
Nas últimas semanas, Mantega e Dilma têm reafirmado a situação sólida do país para enfrentar a crise, com destaque para as reservas internacionais e o depósito compulsório dos bancos no Banco Central.

Na semana passada, diante do cenário externo de crise, o Comitê de Política Monetária (Copom) surpreendeu o mercado ao reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual, para 12%.

Dias antes, o governo havia anunciado o aumento da meta de superávit primário (economia para pagar os juros da dívida) deste ano em R$ 10 bilhões, com o objetivo de garantir espaço para reduções na taxa básica de juros do país e, consequentemente, fortalecer o crescimento econômico.

Fonte: Uol

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