02/09/2011

Setor de shopping center brasileiro passa por momento de consolidação

Karla Santana Mamona

SÃO PAULO – O setor de shopping center brasileiro vive um bom momento. Uma análise realizada pela KPMG revela que o setor está passando por um momento de consolidação, que incluiu a readequação de novas configurações para incentivar o consumo, a migração para cidades do interior e a criação de espaços tematizados.

De acordo com o sócio da KMPG Brasil, Paulo Guilherme Coimbra, neste ano, está prevista a inauguração de 25 empreendimentos em todo o País. A expansão do setor é algo que está ocorrendo desde 2005.

O especialista explica que, em 2005, havia 338 shoppings em todo o País, enquanto em 2010 eram mais de 400. “É um crescimento de mais de 20% somente em cinco anos. Estão sendo esperadas 124 inaugurações até 2013, além das expansões dos shopping centers já existentes”, afirma.

Coimbra ressalta que esta expansão pode ser explicada pelo crescimento do poder de consumo da classe C em todo o País, o que faz com que as grandes administradoras passem a apostar em outras regiões que até então não eram cobiçadas pelo mercado.

Ampliação dos espaços
Com o aumento da demanda, as empresas foram obrigadas a realizar a ampliação dos seus espaços disponíveis ou a abrir novos shoppings. Para ter uma ideia, nos últimos cinco anos, houve um aumento de 46% na ABL (Área Bruta Locável) desses estabelecimentos.

“O setor vive um momento bastante positivo, o que pode ser confirmado pelo número de fusões e aquisições realizadas na área. Somente no primeiro semestre deste ano, foram oito. Em todo o ano passado, foram feitos 20 negócios envolvendo empresas do setor de shopping centers”, afirma Coimbra. Segundo ele, ainda existe espaço para consolidação do setor, principalmente no Brasil.

O estudo da KPMG revela ainda que, no Brasil, as três maiores empresas do segmento são responsáveis por 22% do mercado, enquanto que, nos EUA, as três maiores respondem por 75% do mercado. 

De acordo com o executivo, outra tendência do segmento é ampliar a atuação da incorporação imobiliária. Com o desenvolvimento de empreendimentos residenciais e comerciais em áreas próximas aos shoppings, é possível buscar sinergia da valorização da região com a venda das unidades, além de aumentar o tráfego de clientes e consumo nos shoppings.

 

 

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