SÃO PAULO - Na véspera, as preocupações com a economia global provocaram pânico nos mercados, fazendo com que o índice Dow Jones registrasse a maior queda desde dezembro de 2008, enquanto, por aqui, o Ibovespa recuou 5,72%, ficando aos 52.811 pontos, sua menor pontuação desde 17 de julho de 2009.
Como nos últimos pregões, a sessão foi pautada por noticiários sobre a fragilidade da economia norte-americana e as preocupações com a situação fiscal na Zona do Euro. Na última sessão, o JP Morgan Chase reduziu suas estimativas para o crescimento da economia dos EUA no terceiro trimestre de 2% para 1,5%, além de diminuir suas expectativas para o PIB (Produto Interno Bruto) do país no primeiro semestre de 2012, aumentando as preocupações sobre a economia por lá.
Além disso, na Europa, os noticiários sobre a situação fiscal na Itália e Espanha, que podem vir a precisar de ajuda da União Europeia, contribuíram para a grande pressão sobre os mercados.
Para Eduardo Oliveira, operador da Um Investimentos, esses noticiários preocupam o mercado, no entanto, as quedas foram "muito mais em termos psicológicos do que em termos de fundamentos". Para ele, a reação do mercado foi exagerada. "Não estou dizendo que não deveria cair. É um mercado ruim, de incertezas e de baixa, mas acredito que 5,72% aqui e 4,31% lá fora é um pouco de exagero" avalia.
Employment Report pode definir mercado
Para esta sexta-feira (5) os holofotes continuarão em Wall Street e no velho continente, a exemplo do que vem ocorrendo nas últimas semanas, na opinião de Oliveira, tendo como um dos principais destaques o Relatório de Emprego previsto para ser divulgado nos Estados Unidos.
Ao contrário da pouca influência do Initial Claims, número de pedidos de auxílio-desemprego divulgado na véspera, o Relatório de Emprego pode ser, na opinião do operador, o balizador do mercado, podendo trazer um movimento de repique, caso venha dentro das estimativas. "Se Payroll vier ruim, em linha ou bom, o mercado deve responder bem. Por outro lado, se vier horrível, muito ruim mesmo, o mercado vai continuar caindo", sinalizou.
Além disso, com a agenda vazia de indicadores domésticos, com a previsão apenas da divulgação do IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) a ser divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geogradia e Estatística), faz com que as atenções permaneçam nos indicadores norte-americanos. Já na Europa, o destaque fica apenas para o indicador de produção industrial na Alemanha.
Balanços ficam em segundo plano
O cenário externo ocupando o destaque no desempenho do índice deixará os resultados trimestrais em segundo plano. No entanto, os investidores acompanharão nesta quinta os resultados da Light (LIGT3) e Cesp (CESP3,CESP5), que serão divulgados após o fechamento do pregão.
Fonte: InfoMoney
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