02/09/2011

Destaques Bovespa - 02/09/2011

Mercados Ontem

O Ibovespa encerrou o dia com forte valorização de 2,87%, aos 58.118 pontos, com máxima de 58.599 pontos, gerando um volume financeiro de 9,57 bilhões.

Com a inesperada redução de 50 pontos base na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária divulgada ontem de noite (31), o mercado abriu a sessão em alta e com forte volume financeiro, impulsionado pelo aumento do apetite por risco dos investidores. O tom otimista do mercado beneficiou principalmente os setores mais expostos ao mercado interno e beneficiados com o fim do ciclo de aperto monetário, a exemplo da construção civil, varejo e bancos. Além disso, a agenda econômica interna e externa apresentou dados em linha com as expectativas, o que sustentou a alta do índice no decorrer do dia.

Apesar da queda dos preços das principais commodities do mercado internacional, o otimismo dos investidores locais impulsionou as principais blue chips. A Petrobrás ON e PN apresentaram alta de 0,96% e 1,15%, respectivamente. Já os papéis da Vale tiveram alta de 0,6% e 0,84%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros ingressaram no dia 30 de agosto, terça-feira, R$ 2,53 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em alta de 0,96%. No mês de agosto, o déficit de recursos estrangeiros está em R$ 950,36 milhões. Já no acumulado do ano, os investimentos estrangeiros apresentam déficit de R$ 661,51 milhões. Já os investidores Pessoa Física voltaram a retirar recursos na Bovespa. No dia 30 de agosto retiraram R$ 45,78 milhões. Neste mês, após esta retirada, o saldo dos investimentos de pessoa física está negativo em R$ 372,43 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está em negativo em R$ 4,980 bilhões.

Mercados Hoje

Após decisão bastante controversa do BC ontem (01), que reduziu os juros em 0,5 p.p, contrariando todas as expectativas do mercado, hoje (02) a nossa bolsa pode voltar a ficar mais "colada" com as bolsas norte-americanas, que aguardam a divulgação dos dados do payroll de agosto. No médio prazo, setores como bancos, construção civil e consumo deverão continuar performando melhor do que o índice e demais setores do índice.

Copel – De acordo com o jornal "Valor Econômico", a Copel contratou uma linha de crédito para capital de giro de longo prazo com o Banco do Brasil, no valor de R$ 600 milhões, por um prazo de cinco anos e a uma taxa de 109,41% do CDI. O empréstimo foi utilizado para liquidar a 4º emissão de debêntures, que foi resgatado ontem (1/9). A princípio, a notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Fleury – Segundo o jornal "Valor Econômico", o presidente do conselho de administração da Fleury, Mauro Figueiredo, anunciou sua saída do cargo que ocupava desde março. O executivo será diretor de novos projetos do Bradesco Seguros e do Bradesco Saúde, detentor de 14% da companhia de diagnósticos Fleury. Além disso, Figueiredo será diretor executivo da operadora de planos de saúde, Medservice, que pertence ao Bradesco. O conselho administrativo será presidido por José Gilberto Vieira, atual vice-presidente da companhia. A notícia é de cunho informativo e não deve impactar sobre o preço dos ativos.

Petrobras – A companhia vai iniciar na semana que vem sua produção de gás natural no Campo de Lula, na bacia de Campos – primeira produção de gás na camada pré-sal. O gasoduto que irá escoar o gás produzido está sendo pressurizado e irá ligar o campo de Lula à plataforma de Mexilhão, onde o gás será processado antes de ser enviado ao mercado doméstico. O campo de Lula está em fase de teste de longa duração produzindo 36 mil barris/dia de petróleo – a capacidade projetada é de 100 mil barris/dia. A produção de gás natural cresceu 7,2% em julho frente ao mesmo período do ano passado, atingindo 67 milhões de metro cúbicos diários. Já a produção de petróleo cresceu aproximadamente 1% no mesmo período atingindo, 2 milhões de barris por dia. Além disso, a ANP (Agência Nacional do Petróleo) multou a Petrobrás e mais 8 companhias por descumprirem o índice de conteúdo nacional nas encomendas de equipamentos e serviços na área de óleos e gás. A multa para as 9 companhias foi de R$ 60 milhões, sendo que a Petrobras ficou responsável pelo pagamento de quase 50% do total (R$ 29 milhões). As companhias que não entrarem em disputa jurídica com a ANP, como no caso a Petrobrás, terão um desconto de 30% sobre este valor. As notícias são de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Setor de Alimentos – Segundo um artigo publicado no jornal "Valor Econômico", as negociações referentes ao embargue russo das carnes brasileiras impostos há 75 dias, dos quais 85 unidades frigoríficas do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso foram excluídos da lista de exportadores do produto para a Rússia, ainda deverá se alongar por várias semanas. De acordo com o artigo, o Ministério da Agricultura brasileiro não têm conseguido retomar as negociações com as autoridades russas responsáveis pela área sanitária do país e tampouco têm obtido sucesso em agendar um novo encontro entre os ministérios para discussão do embargue ao país. A notícia é marginalmente negativa para as empresas do setor.

Setor de Energia – De acordo com a agência Reuters, o leilão de transmissão que ocorrerá hoje (2/9) contará com uma forte participação da Eletrobrás, empresa que tradicionalmente detém uma grande participação no segmento de transmissão. A Chesf, subsidiária da companhia, irá disputar o lote L, localizado na Paraíba e em Pernambuco, por meio do consórcio Garanhuns com a Companhia Paulista de Transmissão (CTEEP). Além disso, a Chesf irá disputar sozinha os lotes G, H e I no Piauí, Pernambuco e Bahia. A Eletrosul, outra subsidiária da Eletrobrás, irá competir pelo lote E, no Paraná, através de um consórcio com a Copel e as demais companhias da Eletrobrás, Eletronorte e Furnas, irão partir para o leilão sozinhas. Além destas companhias, outras empresas com ações listadas na bolsa irão participar, a exemplo da Neoenergia e da construtora Queiroz Galvão. O leilão irá começar às 10 horas e licitará 14 linhas, que totalizam 2.051 quilômetros de extensão (aumento de 2% da atual estrutura de transmissão) e os vencedores do leilão serão aqueles que oferecerem maior desconto com relação à Receita Anual Permitida. Os empreendimentos serão construídos em 13 estados, num prazo que varia entre 18 a 36 meses, demandando R$ 2,8 bilhões de investimentos. A notícia deve trazer certa volatilidade para as empresas do segmento de transmissão. Aguardaremos o leilão para maiores informações.

TAM – O Tribunal Constitucional do Chile rejeitou ontem (01/09) um recurso da companhia aérea chilena, PAL Airlines, referente à oposição contra a fusão entre a empresa chilena LAN e a TAM anunciado em agosto/10. Segundo um comunicado da imprensa chilena do qual o jornal "Valor Econômico" obteve acesso, a decisão da queda do recurso contra a Latam será explicada por meio de um estudo elaborado pelo órgão antitruste chileno, "Tribunal de Defesa de La Livre Competência (TDLC)", sobre as consequências da fusão no mercado chileno e que deverá ser publicado nas próximas semanas. A notícia é marginalmente positiva para os papéis da TAM, uma vez que eliminam mais uma etapa para a aprovação da fusão entre as empresas.

Fonte: Um Investimentos

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