14/09/2011

Destaques Bovespa - 14/09/2011

Mercados Ontem

Em um dia marcado pela forte volatilidade nos mercados globais, o Ibovespa contrariou as direções das principais bolsas internacionais e encerrou o dia em leve baixa de 0,26%, atingindo mínima aos 55.166 pontos e máxima de 56.336 pontos, totalizando um volume financeiro de R$ 5,08 bilhões.

Após uma sessão marcada pela fraca agenda internacional, as preocupações sobre um possível agravamento da crise grega, e a decepção em relação à contradição das especulações envolvendo tanto a compra de bônus italianos pela China, quanto a um possível andamento das negociações entre a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, para reduzir os efeitos de um possível default da Grécia aos demais países da zona do euro, fizeram com que o índice acionário brasileiro remasse na direção oposta à valorização dos mercados internacionais.

As ações PNA da Vale acompanharam a valorização das principais commodities metálicas no mercado internacional, registrando uma alta de 0,67%. Já os papéis da Petrobrás PN caminharam na direção oposta da alta do petróleo, alcançando uma baixa de 0,09%.

Fluxo Bovespa

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 09 de setembro, sexta-feira, R$ 109,57 milhões na Bovespa, quando o índice fechou em queda de 3,20%. Neste mês, o superávit dos investimentos estrangeiros diminuiu para R$ 295,31 milhões na Bovespa. Já no acumulado do ano, após esta retirada, os investimentos estrangeiros apresentam saldo positivo de R$ 184,84 milhões. Já os investidores Pessoa Física ingressaram R$ 286,92 milhões na Bovespa no dia 09 de setembro. No mês de setembro, o déficit dos investimentos de pessoas físicas diminuiu para R$ 366,79 milhões na Bovespa. No acumulado do ano, o saldo de pessoa apresenta déficit de 5.602 bilhões.

Mercados Hoje

Mercado local, assim como os mercados internacionais, deverão reagir positivamente à espera da teleconferência entre a Angela Merkel, Nicolas Sarkozy e George Papandreou, sobre o acordo fechado no dia 21 de julho para ajudar a Grécia evitar um default na sua dívida. Além disso existe algum otimismo no ar com a esperança, mesmo que negada pelo primeiro-ministro, de que a China venha a ajudar a resgatar a Itália via compra de títulos da dívida do país.

BR Malls – De acordo com um comunicado enviado pela companhia ontem (13/09) ao mercado, a BR Malls assinou um acordo de investimento de R$ 156,4 milhões referente à aquisição de 50% de um empreendimento localizado no município de Vila Velha (ES), denominado "Shopping Vila Velha", pelo qual terá o direito de participar da administração e comercialização do imóvel pelos próximos 20 anos, cuja previsão de inauguração está programada para o segundo semestre de 2013. Acreditamos que a notícia seja positiva para as ações da empresa no médio prazo, à medida que o acordo não só geraria um aumento de 62,9 mil m² de terreno disponível para locação e comercialização ao portfólio da BR Malls (5% a mais na comparação anual), como também demonstra o início de uma estratégia de diversificação geográfica voltada para as regiões de maior concentração de habitantes e PIB per capita acima da média nacional (R$ 13 mil).

CSN e Usiminas – A Usiminas divulgou ontem (13), após o mercado, que visitou na semana passado representantes da Secretaria do Direito Econômico do Ministério da Justiça (SDE) e da Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (Sae) para se pronunciar sobre as consecutivas investidas da CSN na compra de ações / lugar entre os controladores da companhia. A Usiminas declarou que se reuniu com os órgãos "a fim de buscar esclarecimentos sob a óptica concorrencial, relativos às sucessivas aquisições de participações em seu capital social por parte da concorrente CSN". Segundo fontes não houve questionamento sobre o comportamento da CSN. Atualmente as duas companhias são as maiores do segmento de aços planos, correspondendo por cerca de 70% do setor no Brasil (AcelorMittal detém 20% do mercado). O SDE solicitou explicações para ambas as companhias, que terão 15 dias para prestar as informações solicitadas. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Ecodiesel – A empresa divulgou hoje (14/09) através de um fato relevante, que o seu conselho de administração aprovou a venda de 25% da participação acionária de sua controlada, "Maeda Agroindustrial", na usina sucroalcooleira "Tropical" para a petroleira britânica "British Petroleum (BP)" por R$ 59 milhões. Através de uma entrevista concedida ao jornal "Valor Econômico", o presidente da Brasil Ecodiesel, José Carlos Aguilera, informou que a venda acionária ao grupo britânico tem como objetivo financiar a expansão das atividades da companhia nos projetos voltados para produção de grãos e fibras, e ao mesmo tempo reduzir a participação da empresa na produção de etanol. Acreditamos que a notícia seja marginalmente positiva para as ações da empresa, uma vez que permite uma capitalização da empresa e auxilia na estratégia adotada após a incorporação da Vanguarda em ampliar sua atuação no mercado de alimentos.

Gol Linhas Aéreas – A companhia anunciou ontem (13), após o mercado, uma nova reestruturação organizacional, em que passa a contar com três Vice-Presidências, ao invés de quatro, e vinte e uma diretorias versus vinte e cinco na estrutura anterior. De acordo com a companhia, "a nova estrutura segue a estratégia de simplificar e dar maior velocidade no processo de tomada de decisões com maior sinergia entre as áreas, em um ambiente integrado e de colaboração. Esses fatores se encontram em linha com a essência do modelo de negócios de baixo custo da Companhia". A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Lojas Americanas – Após ter anunciado há 2 semanas a intenção de levantar aproximadamente R$ 1,2 bilhões por meio de emissão de debêntures e financiamento do BNDES (para financiar a abertura de novas lojas e reequilibrar o passivo – em função do aporte realizado na controlada B2W), a companhia anunciou uma nova emissão de debêntures no valor de R$ 500 milhões. Os papéis serão distribuídos com esforços restritos de colocação, terão prazo 7 anos e pagarão cerca de 113% do CDI. A empresa informou que os recursos captados servirão para melhorar o perfil das dívidas existentes e reforçar o caixa. Segundo analistas do setor, a emissão será realizada para pagar uma emissão de notas promissórias de R$ 500 milhões realizada em abril, que pagam cerca de 105,3% do CDI e que venceriam em outubro. A notícia é marginalmente negativa as ações da companhia, dada a necessidade da capitação de recursos.

Papel e Celulose – Segundo um levantamento realizado pela "Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO)" do qual o jornal "Valor Econômico" obteve acesso, o volume de vendas de papelão ondulado no mercado interno atingiu 283,2 mil toneladas em agosto, volume 6,58% acima do mesmo período do ano passado e 3,01% maior que o alcançado em julho de 2011. Em relação às vendas internas registradas no 1S11, o setor registrou uma comercialização de 2,128 milhões de toneladas no período, demonstrando uma expansão de 1,4% frente ao 1S10. A notícia é marginalmente positiva para as ações do setor.

Setor de Telecomunicações – Segundo o jornal "Valor Econômico", as operadoras de telefonia móvel aumentaram a pressão sobre a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para adiar a adoção da tecnologia 4G. Atualmente a faixa de frequência de 2,5 gigahertz (GHz) é destinada pela Anatel para a tecnologia 4G, entretanto, as companhias do setor desejam utilizar a faixa de 700 megahertz (MHz), que demandaria um volume de investimento 5 vezes inferior. Atualmente, esta faixa é utilizada pelos canais de televisão analógicos, que migrarão para o sistema digital até 2016, abandonando a freqüência. As grandes operadoras do setor como Telefônica, Oi e a Tim querem utilizar a freqüência, com exceção da Claro, defensora do modelo proposto pela Anatel. Além disso, o presidente da Tim, Luca Luciani, destacou o baixo uso do serviço anterior (3G), afirmando que apenas 10% dos brasileiros utilizam o serviço. A notícia é de cunho informativo e não deve impactar sobre os preços dos ativos.

Telesp/Vivo – Segundo a Agência Estado, ontem (13), após o fechamento do mercado, os conselhos da Telesp e da Vivo Participações aprovaram os termos e condições da reestruturação societária, no qual a Vivo será incorporada pela Telesp, com o objetivo de simplificas a estrutura organizacional das companhias. As operações e termos de autorizações para exploração do Serviço Móvel Pessoal (SMP), atualmente da Vivo Participações e da Vivo S.A, serão concentradas em uma única sociedade (Vivo S.A), atual subsidiária integral da Vivo Participações. Além disso, a Telesp terá uma alteração na denominação social, passando a se chamar Telefônica Brasil S.A. Por fim, o comunicado informou a alteração do comando no grupo no Brasil. Paulo Cesar Teixeira, atual diretor da Vivo Participações, foi eleito diretor geral e executivo no lugar de Luis Miguel Gilpérez López. Além disso, de acordo com a Agência Estado, a Telesp anunciou ontem (13), após o fechamento do mercado, a aprovação do pagamento de juros sobre o capital próprio na ordem de R$ 1,062 bilhões, totalizando R$ 0,8865 por ação ON e R$ 0,97515 por ação PN. Além disso, serão distribuídos dividendos intermediários no valor de R$ 382,4 milhões, correspondentes a R$ 0,31905 por ação ON e R$ 0,35096 por ação PN. Os dois proventos serão direito dos acionistas detentores dos papéis ao final do dia 30 de setembro de 2011. Já o pagamento será iniciado até o final do exercício social de 2011, que ainda será definida pela diretoria da companhia. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre o preço dos ativos.

Usiminas e Gerdau – De acordo com fontes da Bloomberg, a Nippon Steel estaria negociando com a Gerdau a entrada da mesma no grupo de controle da Usiminas para evitar a investida da CSN sobre a siderúrgica mineira. O valor da negociação sobre a participação detida por Camargo Correa e Grupo Votorantim (26%) estaria por volta de US$ 2,9 bilhões (valor ofertado pela CSN). A engenharia da operação seria a Nippon inicialmente exercer o seu direito de compra sobre a participação conjunta e posteriormente revende-la a Gerdau. De acordo com fontes, a Nippon também estaria considerando uma oferta para adquirir a participação de 10,1% detida pelo fundo de pensão dos funcionários da Usiminas, participação também almejada pela CSN. A notícia é de cunho informativo, não devendo impactar sobre os preços dos ativos, dado que nada foi confirmado até o presente momento.

Fonte: Um Investimentos

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