Por Assis Moreira | Valor
GENEBRA - Os temores sobre uma segunda crise bancária aumentaram com a notícia de que o BNP Paribas, maior banco da França, tenta levantar capital de US$ 2,7 bilhões junto a investidores do Oriente Médio.
Segundo o Financial Times, a busca de mais capital ocorre num cenário em que Baudoin Prot, principal executivo do banco, insiste que o Paribas tem reservas suficientes em capital e liquidez, mas reconhece que a turbulência nos mercados pode piorar se nada for feito.
Para o analista Michael Symons, do Daiwa Capital, em Londres, a situação se repete. Em 2008, bancos também correram para o Oriente Médio em meio à crise.
Ele nota que, apesar das repetidas garantias da diretoria do banco e de funcionários franceses sobre a solidez do sistema bancário da França, cresce a preocupação sobre a vulnerabilidade da banca francesa diante de sua exposição nos países mais endividados da zona euro.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou ontem nova versão de seu Global Financial Stability Report (GFSR), no qual estima que a combinação de perdas potenciais com titulos de dívida soberana e exposição no interbancário pode causar prejuízos de 300 bilhões de euros para bancos europeus.
(Assis Moreira | Valor)
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