10/08/2011

Destaques Bovespa - 10/08/2011

O Ibovespa fechou o dia na máxima, com alta de 5,10% aos 51.150 pontos e mínima de 48.666 pontos, registrando o maior giro financeiro do ano, que totalizou R$ 10,336 bilhões. O mercado brasileiro iniciou o pregão com pressão compradora, recuperando partes das perdas da sessão anterior.

Durante a tarde, a ansiedade dos investidores quanto ao comunicado do Federal Reserve aumentou a volatilidade do índice, que se intensificou após o pronunciamento, que não trouxe um novo pacote de estímulos, porém anunciou que os juros permanecerão baixos até meados de 2013, e que a instituição está pronta para atuar caso seja necessário.

As ações ON e PN da Petrobrás encerraram o dia em alta de 2,80% e 2,68%, respectivamente, enquanto que as ações ON e PN da Vale fecharam o dia com valorização de 5,12% e 5,09%.

Os investidores estrangeiros retiraram no dia 05 de agosto, sexta-feira, R$ 41,32 milhões na Bovespa, quando o índice fechou próximo à estabilidade, em alta de 0,26%. No mês de agosto, o saldo acumulado de recursos estrangeiros está positivo em R$ 382,39 milhões. No acumulado do ano, os investimentos estrangeiros estão positivos em R$ 671,24 milhões. Já os investidores Pessoa Física retiraram, no dia 05 de agosto, R$ 232,20 milhões na Bovespa. No mês de agosto, o saldo está negativo em R$ 356,68 milhões. No acumulado do ano, o saldo de pessoa física está negativo em R$ 4,964 bilhões.

Mercado local deverá reagir de acordo com os mercados internacionais, que após uma forte valorização ontem seguem preocupados com a situação econômica norte-americana e com a crise de déficit na Europa. Ontem o FED deu um alívio aos mercados, ao sinalizar que os juros se manterão baixos até pelo menos meados de 2013. Os próximos dados econômicos nos EUA e o desenrolar da crise na Europa deverão ser um divisor de águas para os mercados, que permanecem na defensiva mesmo com os valuations locais muito atrativos.

AMIL – A companhia divulgou ontem (09), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram marginalmente abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 2,24 bilhões, 16,82% superior em relação ao mesmo período do ano passado, 4,05% acima do trimestre anterior, superando as expectativas em 3,85%, que totalizavam R$ 2,15 bilhões. Este aumento do faturamento da companhia ocorreu devido ao crescimento do número de beneficiários nos planos de assistência médica e odontológica (10,6% na comparação anual e 2,1% na base trimestral). Além disso, a expressiva expansão da receita com outras atividades (de 40% na comparação anual), que consiste na prestação de serviços médicos-hospitalares a terceiros em sua rede própria própria, como o hospital Samaritano e Pasteur, contribuiu para este crescimento. Já o EBITDA totalizou 167,5 milhões, crescimento de 24,35% na comparação anual, 26,24% inferior ao trimestre passado e 2,76% acima das expectativas, que somavam R$ 172,25 milhões. O aumento do custo médico-hospitalar foi o principal responsável pela queda do EBITDA na comparação trimestral, influenciado por fatores sazonais típicos do 2 trimestre. O lucro líquido totalizou R$ 50,7 milhões, expansão de 13,93% na comparação anual, 42,97% inferior ao trimestre passado e 14,60% inferior em relação ao esperado, que totalizou R$ 59,34 milhões – o mesmo foi bastante influenciado por uma maior carga tributária neste trimestre.

O destaque negativo ficou para a queda das margens EBITDA e líquida de 0,51% e 0,49% com relação ao esperado. A companhia ainda destacou que a carteira de clientes da Lincx Sistemas de Saúde Ltda, adquirida em 25 de maio de 2011 e aprovada pela Agência Nacional de Saúde em julho de 2011, será consolidada nos seus resultados a partir de agosto de 2011 – o que deve impactar positivamente sobre as margens nos próximos trimestres. A Lincx possui uma receita anual de R$ 220 milhões, que totaliza 36 mil beneficiários. Em linhas gerais, os números apresentados vieram marginalmente abaixo das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginalmente negativo sobre os ativos da companhia. Apesar dos números apresentados terem vindo marginalmente abaixo das expectativas, acreditamos que o sólido crescimento apresentado pela companhia na passagem anual somado com a perspectiva da melhoria dos índices de eficiência na geração de resultados para os próximos trimestres devam mais que compensar os números aquém do esperado. Aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje para maiores detalhes.

BMF&Bovespa – A companhia divulgou ontem (09), após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram marginalmente acima das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 467,6 milhões, queda de 1,68% em relação ao mesmo período do ano passado, queda de 0,97% em relação ao trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado, que giravam em torno de R$ 465 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 313,2 milhões, queda de 8,87% em relação ao mesmo período do ano passado, crescimento de 1,66% em relação ao trimestre anterior e superando as expectativas do mercado em 3,71%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 409,2 milhões, queda de R$ 3,57% em relação ao mesmo período do ano passado, 6,51% acima do ultimo trimestre, superando as expectativas em 16,3%, que totalizavam R$ 384,2 milhões. Os destaques negativos ficaram para a queda de 7,1% no volume médio diário negociado, para o crescimento de 16,2% das despesas operacionais na base anual (em função do aumento planejado do número de funcionários e dos programas educacionais), o que reduziu o resultado operacional em 9,4% (mesma base), e, consequentemente, para a redução das margens líquida e EBITDA na comparação com o mesmo período do ano passado. Os destaques positivos ficaram para a elevação das margens no comparativo trimestral (em parte explicado por sazonalidade), para as 10 ofertas públicas realizadas no período, que totalizaram R$ 10,1 bilhões, e para o crescimento de 10,7% no volume médio de HFT na comparação trimestral. A companhia ainda destacou que "O novo Programa de Recompra de Ações aprovado em junho de 2011 entrou em vigor em 1º de julho de 2011, tendo como termo final o dia 31 de dezembro de 2011, e outorga à Companhia adquirir até 30 milhões de ações. Em julho de 2011, foram adquiridas 6,5 milhões de ações". Em linhas gerais, apesar dos números apresentados estarem marginalmente acima das expectativas do mercado, acreditamos que o mesmo não deva ser um grande driver para os papeis da companhia - aguardaremos o conference call, a ser realizado hoje às 14h para maiores detalhes.

Even – A companhia divulgou ontem (09) após o pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais, vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 428,07 milhões, queda de 7,19% em relação ao mesmo período do ano passado, 0,42% abaixo do trimestre anterior, porém superando as expectativas do mercado em 2,41%, que totalizavam R$ 418 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 76,03 milhões, registrando um valor 21,63% inferior ao 2T10 e 11,15% menor que o divulgado no 1T11, frustrando as estimativas do mercado em 14,38%, que totalizavam R$ 88,8 milhões. Em relação ao lucro líquido divulgado, a Even atingiu R$ 53,96 milhões no segundo trimestre de 2011, registrando um resultado inferior no comparativo anual e trimestral de 12,9% e 10,5% respectivamente, 6% abaixo das expectativas. O destaque positivo ficou para o forte crescimento dos lançamentos no trimestre, que atingiu R$ 642,5 milhões, valor 43,3% superior ao mesmo período do ano de 2010 e 131,1% acima do trimestre passado, atingindo 46% do guidance para o ano de 2011. A companhia ainda destacou que o segundo trimestre de 2011 foi marcado pela recomposição do estoque de imóveis da incorporadora, demonstrando um crescimento de 31,7% no estoque de imóveis pela comparação trimestral, encerrando o período com um volume total de R$ 1,04 Bilhão. Em linhas gerais, os números apresentados vieram aquém das expectativas do mercado, devendo ter um impacto marginalmente negativo nos papéis da companhia, aguardaremos o conference call da Even a ser realizado hoje (10/08) para maiores detalhes.

Light – Notícia veiculada hoje (10) no jornal "Valor Econômico" afirma que a Light vai entrar na sociedade investidora da usina hidroelétrica de Belo Monte. A empresa deve adquirir 5% da sociedade controladora e se compromete a investir R$ 1,5 bilhão. A operação representará um crescimento de 65% da capacidade instalada da Light, que hoje é de 855 MW e passaria a ser de 1400 MW, quando a usina estiver em pleno funcionamento. Além disso, a energia assegurada pela empresa terá um incremento de 220 MW. A notícia é de cunho informativo, porém aguardamos maiores detalhes sobre o investimento.

MMX – A companhia divulgou, ontem (09), após o fechamento do pregão, seus números referentes ao 2° trimestre de 2011, que vieram abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 312,9 milhões, crescimento de 52,7% em relação ao mesmo período do ano passado, crescimento de 59,97% em relação ao trimestre anterior e em linha com as expectativas do mercado, que giravam em torno de R$ 310,5 milhões. Já o EBITDA totalizou R$ 73,1 milhões, crescimento de 36.450% em relação ao mesmo período do ano passado, crescimento de 84,13% em relação ao trimestre anterior, porém frustrando as expectativas do mercado em 25,04%, que totalizavam R$ 97,5 milhões.
O lucro líquido divulgado foi de R$ 90,9 milhões, revertendo prejuízo de R$ 38,5 milhões no mesmo período do ano passado, 42,48% acima do ultimo trimestre, 13,32% abaixo das expectativas, que totalizavam R$ 105 milhões. De acordo com a companhia, "O segundo trimestre de 2011 foi marcado por recordes de receita líquida e de produção da MMX. Apesar do aumento nos custos de produção e da inclusão das despesas relacionadas ao Superporto Sudeste – que passou a compor o conjunto de ativo da MMX a partir de junho e facilita uma estratégia de consolidação e acesso maior ao mercado internacional". Em linhas gerais os números apresentados frustraram as expectativas do mercado, porém, dado que em 2011 as ações da companhia já se desvalorizaram 42,65% e 20,69% só no mês de agosto, não acreditamos em realizações de grandes proporções – aguardaremos o conference call, que será realizado hoje as 12 hrs, para maiores detalhes.

MRV – A MRV Engenharia divulgou seu resultado operacional do 2T11, segundo a companhia o VGV lançado no semestre atingiu R$ 1,79 Bilhão, volume 4,4% maior que o alcançado no mesmo semestre do ano de 2010. Já no trimestre, a incorporadora atingiu um volume total de lançamento de R$ 751,1 milhões, valor 32,5% abaixo do mesmo período do ano anterior e 28% inferior ao registrado pela MRV no 1T11. Do ponto de vista da diversificação geográfica da companhia, na comparação com o trimestre anterior, os lançamentos sofreram um aumento de 98% e 60% no estado do RJ e BA. Em relação às vendas contratadas, a MRV atingiu o montante de R$ 968,5 Milhões, valor levemente abaixo do alcançado pela construtora no 2T10, apresentando um decréscimo de 1,4%. Já pela comparação trimestral, esse volume demonstrou um forte crescimento de 16,57%, permitindo a incorporadora o alcance de 40% do ponto médio de sua projeção de vendas para 2011. Os estados de SP, MG e RJ foram os que mais aumentaram as vendas da construtora no período. Em relação à receita líquida, a MRV atingiu R$ 988,3 milhões, demonstrando um forte crescimento de 40,2% sobre o mesmo período do ano passado, 23,2% acima do trimestre anterior, conseguindo superar as expectativas do mercado em 5,9%, que totalizavam R$ 933,3 milhões. Já o EBITDA ficou em R$ 255,8 milhões, valor 35,4% superior ao divulgado pela MRV no 2T10 e 27,2% acima do montante divulgado no 1T11, superando as expectativas do mercado em 9%, que totalizavam R$ 234,7 milhões. Sobre o lucro líquido divulgado, a companhia registrou no 2T11 um total de R$ 189,79 milhões, demonstrando um aumento de 26,1% pela comparação anual e 24,4% sobre a base trimestral, superando as estimativas do mercado em 5,7%. Acreditamos em um impacto marginalmente positivo para as ações da empresa, diante dos sólidos resultados apresentados pela incorporadora.

Random – A companhia divulgou na terça-feira (09/08), após o fechamento do mercado, seus resultados operacionais referentes ao 2° trimestre de 2011, que, em linhas gerais vieram levemente abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida foi de R$ 1,098 Bilhão, crescimento de 19,54% em relação ao mesmo período do ano passado, 15,10% acima do trimestre anterior e ligeiramente acima das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 1,092 Bilhão. Tal crescimento foi impactado pelo aumento das vendas de veículos rebocados e auto-peças, que aumentaram 18,4% e 20,6% respectivamente pela comparação anual. Em relação ao trimestre anterior, a expansão do volume comercializado de sistemas de suspensão e rodagem, que cresceram 27,42% pela comparação trimestral, impulsionou o faturamento da Randon no período. Já o EBITDA ficou em R$ 169,9 milhões, apresentando uma alta de 21,04% sobre o mesmo trimestre de 2010 e um valor 16,48% maior que o divulgado pela empresa no trimestre passado, frustrando as expectativas do mercado em 1,96%, que somavam R$ 173,3 milhões. O crescimento do EBITDA foi principalmente motivado pelo aumento da receita da companhia no comparativo trimestral e anual, influenciada pela aprovação da nova legislação de motores para caminhões e ônibus "EURO V", que passará a valer em jan/12. Sobre o lucro líquido, a Randon atingiu R$ 89,2 milhões no 2T11, crescimento de 41,17% pela comparação anual, 33,58% sobre o valor divulgado no trimestre anterior, porém aquém das expectativas do mercado, que totalizavam R$ 93,6 milhões. O destaque positivo ficou para a manutenção do guidance de 2011 pela companhia, que optou pela ratificação das estimativas para o ano baseado na confiança de que a empresa conseguirá atingir suas metas, mesmo com a queda do ritmo industrial no Brasil. Acreditamos que os resultados divulgados pela Randon vieram em linha com as expectativas do mercado, devendo ter um impacto neutro nos papéis da companhia.

Vale – De acordo com uma notícia vinculada ao jornal "Valor Econômico", a mineradora brasileira está estudando a construção de uma usina em Governador Valadares (MG) para a produção de trilhos ferroviários destinados à própria rede de logística da companhia e abastecimento do mercado brasileiro. Segundo uma fonte do jornal, a projeto com capacidade de produção de até 500 mil toneladas/ano, poderá custar até US$ 1,5 Bilhão. A notícia é apenas de cunho informativo, não devendo impactar nos preços das ações da Vale.

Fonte: Um Investimentos

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