09/09/2011

Obama apela para que Congresso aprove plano de estímulo aos EUA

SÃO PAULO - "Aprovem este plano e poderemos colocar os trabalhadores para reconstruírem a América". Foi assim que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ilustrou aos parlamentares norte-americanos a necessidade da aprovação de seu programa de estímulo ao mercado de trabalho do país, no valor de US$ 447 bilhões. Em discurso realizado na noite desta quinta-feira (8) no Congresso dos EUA, Obama chamou atenção para o fato de que a recuperação econômica depende de uma retomada dos empregos, estimulada por incentivos fiscais aos contratantes.

Durante aproximadamente 40 minutos, o presidente dos EUA tentou conquistar os votos positivos dos parlamentares presentes pelo apelo emocional. "Membros do Congresso, é a nossa vez de arcarmos com a nossa responsabilidade", disse Obama. "Nós podemos fazer a diferença na vida destas pessoas. Vocês deveriam aprovar o pacote agora mesmo", completou.

Obama lembrou que a aprovação do plano apenas marcaria um primeiro passo no processo de resgate da economia do país. "Eu não pretendo com este problema resolver todos os nossos problemas, mas ele representa um compromisso do governo de se manter ativo. Deixando de lado as diferenças do passado de lado, assim como as do futuro, aprovar este projeto é a coisa certa para ser feita agora."

De acordo com Obama, o propósito deste plano é "simplesmente colocar mais pessoas de volta ao trabalho e mais dinheiro no bolso daqueles que já estão trabalhando." Além disso, segundo ele, não há "nada contrário" à proposta, ou seja, nenhum motivo para que os congressistas norte-americanos não aprovem o novo plano econômico. A proposta prevê ainda que haja isenção temporária do pagamento de impostos daquelas empresas que contratarem novos trabalhadores, assim como um corte pela metade nos impostos já cobrados de "cada trabalhador norte-americano e cada pequeno negócio."

Recuperação guiada por nossos trabalhadores
Para ele, apenas com uma retomada do mercado de trabalho será possível minimizar os danos do que ele chamou de "crise nacional." O presidente dos EUA também enalteceu a importância dos cidadãos norte-americanos, em detrimento do caos atual no quadro político do país. "Ultimamente, nossa recuperação não parece que será guiada por Washington, mas sim por nossas empresas e trabalhadores", ressaltou.

Por fim, Obama afirmou que seu plano "deverá provir aos EUA um impulso econômico, devolvendo a confiança aos empresários de que se eles investirem e contratarem, haverá mais consumidores para seus produtos e serviços". O presidente dos EUA terminou seu discurso em um tom otimista, mesmo diante de dados que revelam um mercado de trabalho bastante deteriorado, com taxa de desemprego na casa dos 9% e nenhuma criação de novas vagas: "vamos mostrar para o mundo porque os Estados Unidos continuam sendo a principal economia do globo", concluiu.

Fonte: InfoMoney

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